Profecias Cumpridas na Historia - Introdução

segunda-feira, 1 de maio de 2006


O principal propósito desta seção (profecias cumpridas do ponto-de-vista histórico e geográfico) é ilustrar o poder de Deus através do cumprimento de predições aparentemente impossíveis de se cumprir e que estão diretamente ligadas ao rumo dos acontecimentos da história humana.

Raramente um pesquisador tem a oportunidade de investigar algo tão fascinante. Percebe-se claramente que a mão de Deus repousa sobre os ombros daqueles profetas, à medida que apresentam a Palavra aos seus ouvintes. As profecias apresentam a todos nós claras e práticas lições sobre a onisciência e onipotência de Deus, bem como nos fornecem material para reflexão em áreas como a inspiração das Escrituras, etc.

Nesta seção as profecias estão divididas em 12 áreas ou setores. Cada área ou setor abrange um tema profético específico (isto é, certas vilas, cidades, nações, etc).

Existe algum material básico preliminar que devemos examinar antes de passarmos para as profecias específicas.

A seguir você tem um esboço preparado para ajudá-lo a usar com eficácia este material.



1A. INTRODUÇÃO


1B. Definição de Profecia

2B. Testes de um Profeta

3B. Objeção a Profecias Preditivas

4B. Cumprimento Específico de Profecias


2A. AS PROFECIAS

Tiro

Sidom

Samaria

Gaza-Ascalom

Moabe-Amom

Petra-Edom

Tebas-Mênfis

Nínive

Babilônia

Corazim-Betsaida-Cafarnaum

Crescimento de Jerusalém

Palestina


3A. PROBABILIDADE PROFÉTICA


1B. Definição de Profecia


1C. DEFINIÇÃO DE FONTES NÃO-BIBLICAS


Na Enciclopédia Britânica lemos: "Os registros escritos da profecia de Isaías deixam claro que, antes de mais nada, profecia é uma palavra ou mensagem falada, que proclama através de um mensageiro escolhido a vontade de Deus àqueles a quem se dirige. O elemento preditivo de ameaça ou promessa está condicionado à resposta dos ouvintes (1:18-20), ou é apresentado como um 'sinal' do que virá (7:14), porque, em última instância, tudo o que acontece está sujeito ao propósito da vontade de Deus". 15/vol. 12, p. 656, 657

A Enciclopédia Britânica prossegue, dizendo que "Isaías enfatiza a importância dos deuses da Babilônia, em contraste com Iavé, com o propósito de dizer antecipadamente o que Deus pretende e o que irá fazer (12: 21-24; 48:3). As predições dos profetas são anúncios do propósito de um Deus vivo em vez do anúncio do destino predeterminado do homem". 15/v. 12, p. 656, 657



2C. DEFINIÇÃO BÍBLICA


A definição de "profeta" é alguém que, conduzido por inspiração divina, anuncia às pessoas a vontade de Deus e o futuro. 54/890

Na obra Unger's Bible Dictionary (Dicionário Bíblico de Unger) lemos: "Além da declaração da vontade de Deus, da proclamação de Seus juízos, da defesa da verdade e da vida correta, e dando testemunho da superioridade do moral sobre o ritual, a profecia tinha íntima relação com o propósito gracioso de Deus para com Israel" (Miquéias 5:4; 7:20; Isaías 60:3;65:25). 54/891

Além de apresentar predições, o propósito dos profetas era moral, o que, segundo Charles Elliot, revela a existência de Deus como Ele realmente é e mostra que Ele age "segundo o seu beneplácito". Em resumo, isto revela Deus ao homem e, com essa revelação, a vontade de Deus e suas operações. 54/892

Todos os escritores, inclusive os profetas, possuem um estilo próprio de escrever, da mesma forma como têm uma maneira de falar e de agir. Portanto, cada pessoa mantém a individualidade através de seu próprio estilo, embora em certos aspectos esses homens fossem bem distintos dos escritores não-bíblicos. E ainda que eles retenham a sua individualidade, as noções de tempo e de percepção da realidade parecem desaparecer à medida que o Espírito passa a controlar totalmente. 54/893

A idéia que a maioria das pessoas faz de um profeta é que ele é uma pessoa que apresenta profecias preditivas. Não há dúvida de que esta é uma grande parte da mensagem do profeta, mas os grandes profetas foram ativos reformadores nas áreas social e política, ao mesmo tempo em que constantemente proclamavam a retidão e o despertamento espiritual, bem como prediziam juízos e recompensas. O profeta sempre se expressava de uma maneira espiritual, refletindo a vontade de Deus e conclamando à obediência. 54/893

Embora às vezes surgisse um elemento predicativo na mensagem, seu objetivo não era sensacionalismo (cf. Deuteronômio 18:22). As profecias foram dadas devido às (e não apesar das) condições ao redor do profeta. Virtualmente, cada capítulo que anuncia juízo tem um capítulo explicando precisamente por que foi pronunciada a mensagem de destruição. 54/863

A primeira profecia remonta a Adão e Eva, com a prediçao e promessa de um Redentor Divino, em Gênesis 3:15, 16. A partir daquele momento podemos e iremos acompanhar todas as palavras dadas por Deus até o Apocalipse. Alguns dos primeiros profetas foram Enoque, Abraão e Moisés (Números 12:6-8; Deuteronòmio 18:18; João 6:14; 7:40). 54/893

Além disso, as profecias tinham "origem divina", conforme 1 Samuel 9:9 e 2 Samuel 24:11 mostram. 54/893

A Bíblia é muito clara ao dizer que as profecias preditivas são um sinal do poder e glória divinos, e apresentam a condição sobrenatural da palavra dada por Deus. Não é apenas uma demonstração do poder de Deus, como também da resposta que Ele dá diante das orações e necessidades do homem. Uma vez que Deus revela o futuro, uma tarefa que homem algum é capaz de fazer, podemos saber que Ele enxerga o futuro e enxerga todas as coisas antes mesmo que cheguem ao presente. Os cristãos de todos os lugares devem estar descansados e seguros de que nada que o Pai não previu irá acontecer. 54/894


2B. Testes de um Profeta


De acordo com o verbete "profecia, profetas", escrito por J. A. Motyer, vice-diretor da Faculdade Teológica Clifton, em Bristol, na Inglaterra (verbete que se encontra em O Novo Dicionário da Bíblia), é possível fazer determinadas colocações sobre a questão de profetas verdadeiros e falsos.

Na Bíblia houve vários episódios que despertaram celeuma quanto a quem era um verdadeiro profeta e quem era um falso profeta (1 Reis 22; Jeremias 28; 1 Reis 13:18-22). Mais do que simplesmente acadêmica, a solução desse impasse é bem prática e importante. Existem determinadas características que podemos examinar e verificar para determinarmos a falsidade ou autenticidade de um profeta. 14/1041

Uma área que devemos examinar para identificarmos falsos profetas é a que o professor Motyer denominou de "êxtase profético". Esse estado de êxtase parecia ocorrer sem prévio aviso ou era provocado por determinadas condições, especialmente determinadas formas de música. Essas condições incomuns e suspeitas representavam uma repressão a tudo aquilo que está no nível de auto-consciência, e não havia qualquer indício de a pessoa ter percepção do que ocorria nem de que tinha medo da dor. Isso era muito comum em Canaã, especialmente no culto a Baal. Naturalmente essa não era a única razão para se chegar a uma conclusão desfavorável. Também é preciso reconhecer que essa característica não estava totalmente ausente dos verdadeiros profetas. Tanto Isaías (em sua experiência no templo) como Ezequiel (em muitas oportunidades) tiveram em certas ocasiões experiências extáticas. 14/1041

Outro aspecto a se observar é o da questão da condição social. Geralmente os falsos profetas faziam parte de uma equipe remunerada, subordinada ao rei. Esses homens "profetizavam" aquilo que o rei desejava ouvir. Esse também não é um teste definitivo. Samuel, Nata (subordinado a Davi) e até mesmo Amos foram considerados, em maior ou menor grau, profetas profissionais, embora seja claro que não foram falsos profetas. De modo bem semelhante aos profetas extáticos, esses que faziam parte de uma equipe remunerada, em geral, eram encontrados em grupos (veja Daniel 2:2). 14/1041

O Antigo Testamento registra três passagens dignas de nota sobre esse aspecto (Deuteronômio 13 e 18; Jeremias 23; Ezequiel 12:21-14:11). Deuteronômio 18 afirma que aquilo que não se cumpre não é profecia verdadeira. É necessário lembrar que esse é um critério negativo, de modo que aquilo que de fato se cumpre ainda não é obrigatoriamente algo vindo de Deus. Quando um falso profeta faz uma predição e ela se cumpre, pode ser um teste para o povo de Deus. Deuteronômio 13 analisa a questão do ponto-de-vista teológico e assenta um golpe claro e certeiro: se o profeta tem outros deuses além do Deus verdadeiro (13:2), então é óbvio que ele não procede de Iavé. Com Moisés, a questão foi decidida em relação a todas as profecias futuras, ao se estabelecer a norma teológica pela qual todos os futuros profetas deveriam ser aceitos. Se o profeta fizesse uma profecia preditiva que viesse a se cumprir, mas ele mesmo apresentasse uma teologia que não se harmonizasse com a norma estabelecida por Moisés, o povo tinha um falso profeta. 14/1041, 1042

Jeremias 23, a segunda passagem que trata dos falsos profetas, desenvolve o ensino de Deuteronômio 13, ao descrever o falso profeta como alguém imoral (23:10-14) e que não reprova a imoralidade dos outros (23:17); alguém que prega a paz, não uma paz que procede de Deus, mas uma paz artificial, fabricada pelos homens. O verdadeiro profeta apresenta uma mensagem de convicção e arrependimento (23:29) e chama o povo â retidão e á obediência (23:22). 14/1042

É, contudo, muito importante lembrar a razão das severas palavras dos profetas. Uma das razões pelas quais os livros dos profetas têm sido analisados de modo tão negativo pelos críticos é a idéia errônea de que os verdadeiros profetas só têm uma mensagem: juízo divino. Mas não é bem isso. A razão pela qual esses profetas não principiam com uma mensagem de paz é porque a paz verdadeira, a paz de Deus, vem somente através de santidade, retidão e arrependimento. As principais questões que envolvem o profeta foram tratadas por Moisés; em outras palavras, estão na própria Lei de Deus. De acordo com Jeremias, os falsos profetas usurpam o nome do Senhor falam em nome de Deus sem terem a autoridade que procede dEle (23:18,'21, 22, 28, 32). 14/1042

A terceira passagem sobre o assunto encontra-se em Ezequiel (12:21-14:11), que em vários aspectos é semelhante à de Jeremias. Ezequiel é bem claro ao dizer que os falsos profetas tomam conta de seu próprio caminho e se esforçam por criar suas próprias profecias (13:2, 3). Conseqüentemente, dirigem o povo com uma falsa sensação de segurança (13:4-7). A marca pessoal que imprimem em suas mensagens é (mais uma vez) de uma paz falsa e um otimismo frágil (13:10-16), sem a edificante santidade de uma vida espiritual e correta. O verdadeiro profeta se dirige diretamente à alma e desafia seus ouvintes a, corajosamente, se examinarem a si mesmos (14: 4-5) a respeito da qualidade de vida que já sabem que Deus exige (14:7, 8). "Vemos novamente que o verdadeiro profeta é o profeta mosaico". Ele não fala timidamente, mas com toda a ousadia do Deus do Exílio, repetindo de maneira nova as verdades que jamais foram modificadas. 14/1042



3B. Objeção às Profecias Preditivas Pós-datação


1C. DATAÇÃO DE PROFECIAS


No que diz respeito à questão de datação de profecias, muitas pessoas combaterão a idéia de profecia preditiva por pressuporem uma pós-datação, isto é, por atribuírem a entrega da profecia a uma data posterior, em vez de anterior, ao acontecimento cumprido. Infelizmente para o crítico, esses profetas deixam bem claras suas profecias — os tempos verbais são bem óbvios. Eles afirmam estarem realizando o milagre da profecia preditiva.

Na obra Unger's Bible Dictionary (Dicionário Bíblico de Unger) encontramos as seguintes datas apara os ministérios dos vários profetas ou para os diversos livros dos profetas:


Amos segundo quartel do século VIII a.C.


Daniel 605-538 a.C.

Ezequiel 592-570 a.C.

Isaías 783-738 a.C,

735-719 a.C, 2º

719-704 a.C, 3º

Jeremias 626 - depois de 586 a.C.

Joel antes de 300 a.C.

Levítico (Moisés) 1520-1400 a.C.

Mateus 50 A.D.


Miquéias cerca de 738-690 a.C

Naum depois de 661 - antes de 612 a. C

Obadias antes de 300 a.C.

Oséias 748-690 a.C.

Sofonias entre 640 e 621 a.C.


Em alguns casos essas datas são incertas. Isso ocorre porque Unger utiliza o conteúdo daquilo que os próprios profetas escreveram para determinar a data dos diversos livros. Algumas vezes o profeta não indicava claramente a data exata em que escreveu o livro. Joel e Obadias são os únicos livros da lista em que os autores simplesmente não fornecem informações concretas para se determinar uma data segura de composição.

Por volta de 280 a 250 a.C. todos os profetas do Antigo Testamento foram traduzidos para o grego, na versão conhecida como Septuaginta. De maneira que podemos presumir que todos os profetas (inclusive Joel e Obadias) foram escritos antes daquele período.


2C. A DATAÇÃO DE EZEQUIEL

Neste livro Ezequiel será citado mais do que qualquer outro profeta, e por essa razão veremos rapidamentea razão de lhe atribuirmos a data de 570 a.C. Começaremos pela obra A Enciclopédia Britânica.

"São bem variadas as opiniões a respeito da unidade e da data do Livro de Ezequiel. De acordo com o próprio livro, a carreira do profeta estendeu-se de 592 a 570, mas um erudito (James Smith) coloca-o no século sétimo, à época de Manasses, e um outro (N. Messel) coloca-o depois de Neemias, por volta de 400 a.C. No entanto, a maioria aceita a cronologia geral do livro". 15/ vol. 9, p. 17

"Foram encontrados dois fragmentos do texto de Ezequiel 4:16 entre os Rolos do Mar Morto, na caverna número 1 de Qumrã, e foi anunciada a descoberta de dois fragmentos de manuscritos de Ezequiel na caverna 4". 15/v. 9, p. 16

"Palavras e frases características, freqüentemente repetidas causam uma forte impressão de o livro possuir uma unidade literária: 'Então saberão que eu sou o Senhor' (50 vezes), 'Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus' (13 vezes), 'meus sábados' (12 vezes), 'nações' (24 vezes), 'ídolos' (cerca de 40 vezes), 'andar nos meus estatutos' (11 vezes), etc." 15/v.9,

P17.

No livro Archaeology and Bible History (A Arqueologia e a História da Bíblia), Joseph P. Free diz: "quando estudei Crítica Bíblica na Faculdade pela primeira vez... foi dito que os críticos não tinham atacado o livro de Ezequiel e que era aceita a validade do livro... No entanto, em anos recentes o livro tem sido atacado... mas, conforme W. F. Albright assinalou, essa atitude crítica não é nada justificada e, de acordo com sua maneira de pensar, parece existir um número muito grande de razões para se retornar a uma atitude mais conservadora". 18/226

Free prossegue: "Um dos principais argumentos de C. C. Torrey (professor na Universidade de Yale) contra a autenticidade do livro baseia-se no sistema incomum de datar os acontecimentos a partir dos anos 'de cativeiro do rei Joaquim' (AOTA, 164). Esse método de datação, entretanto, passou a ser um 'argumento irrefutável' (AOTA, 164) a favor da genui-nidade de Ezequiel, conforme mostram descobertas arqueológicas. Foram encontradas três jarras, cujas asas continham uma inscrição que mencionava 'Eliaquim, mordomo de Joaquim'. (Para uma descrição das asas dessas jarras, veja no livro de Free, a seção intitulada 'Archaeological Confirm-ation of Jehoiachin's Exile in Babylon' (A Confirmaão Arqueológica do Exílio de Joaquim na Babilônia). Com base nessa descoberta, deduziu-se que Eliaquim fosse o administrador dos bens reais que ainda pertenciam a Joaquim enquanto estava exilado. Evidentemente o povo de Judá ainda considerava Joaquim como rei, e Zedequias era visto como rei apenas no sentido de ser o regente no lugar do sobrinho que estava cativo, Joaquim. De modo que, pela maneira do povo judeu pensar, era perfeitamente normal que Ezequiel datasse os acontecimentos com base no reinado de Joaquim, muito embora o rei estivesse exilado". 18/226

A conclusão é surpreendente. Joseph P. Free resume-a nas seguintes palavras: "De maneira que o sistema incomum de datação encontrado no livro de Ezequiel não é uma prova de falta de autenticidade, mas, à luz das descobertas arqueológicas, 'ele comprova sua autenticidade de um modo bem marcante'" (AOTA, 165). 18/227

E. J. Young, um pesquisador respeitadíssimo, fez os seguintes comentários a respeito de Ezequiel: "A pesquisa já mencionada revelará quão variados são os pontos-de-vista da crítica negativa que recentemente se fez ao livro de Ezequiel. Os supostos problemas do livro são melhor solucionados com base no ponto-de-vista tradicional, de que Ezequiel escreveu o livro inteiro". 60/237

Young prossegue e menciona H. H. Rowley e S. R. Driver: "Em 1953 H. H. Rowley defendeu que o livro possuía uma unidade intrínseca e ressaltou de modo bem convincente que as '...teorias que atribuem ao próprio profeta ou ao compilador da sua mensagem uma data pós-exílica não são convincentes'(p. 182). Essa obra de Rowley é uma introdução excelente ao estudo da crítica moderna de Ezequiel". 60/237

"E Driver", acrescenta E. J. Young, "escreveu: 'Não há debate algum a respeito da autoria do livro, que do princípio ao fim, carregue todo ele a marca inconfundível de uma única mente'. De fato, as razões para se sustentar que o livro todo é da autoria de Ezequiel são bastante fortes. O livro é de natureza autobiográfica — em todo ele encontramos o uso da primeira pessoa do singular. O livro causa a forte impressão de que é obra de uma única personalidade. Além disso, muitas profecias trazem indicação de sua data e do local ao qual se dirigem. As semelhanças de pensamento e de esboço das profecias deixam claro que o livro inteiro é obra de uma mente. Por essa razão, podemos, confiadamente, sustentar o ponto-de-vista de que o autor foi Ezequiel. E é bem interesante observar que um dos mais recentes comentários, o que foi escrito por Cooke, sustenta que Ezequiel é o autor básico do livro". 60/234


3C. PROFECIAS DE LUGARES ESPECÍFICOS


Em Science Speaks (A Ciência Fala) Peter Stoner fez os seguintes comentários sobre as profecias acerca de Tiro, Samaria, Gaza-Ascalom, o crescimento de Jerusalém, Palestina, Moabe-Amom, Petra-Edom, Babilônia:

"Nenhum ser humano jamais chegou a fazer predições que se comparem com aquelas que temos analisado, e muito menos as fez literalmente se cumprirem. O hiato entre a redação dessas profecias e seu cumprimento é tão grande que o crítico mais severo é incapaz de afirmar que as predições foram feitas após a ocorrêcia dos acontecimentos". 53/115 E, ainda mais, "outros poderão dizer que esses relatos da Bíblia não são profecias, mas relatos históricos escritos depois que os acontecimentos ocorreram. Isso é absurdo, pois todas essas profecias encontram-se no Antigo Testamento e todo mundo reconhece que o Antigo Testamento foi escrito antes de Cristo. Uma dessas profecias cumpriu-se totalmente antes de Cristo. Pequenas partes de duas outras cumpriram-se antes de Cristo e as partes restantes depois. Todas as outras profecias analisadas se cumpriram totalmente depois de Cristo. Caso eliminássemos todas as estimativas feitas para partes de profecias cumpridas antes de Cristo, ainda assim o cálculo de probabilidade indicaria um número tão grande que não se poderia deixar de aceitar a força do argumento." 53/96

O dr. H. Harold Hartzler, secretário-tesoureiro da Sociedade Científica Norte-Americana e professor na Faculdade de Goshen, localizada no estado de Indiana, nos Estados Unidos, escreve o seguinte no prefácio ao livro de Peter Stoner:

"O manuscrito de Science Speaks (A Ciência Fala) foi cuidadosamente examinado por um comitê de membros da Sociedade Científica e pelo conselho executivo da mesma entidade, e chegou-se à conclusão de que, em geral, o livro é confiável e cuidadoso no trato do material científico apresentado. A análise matemática incluída baseia-se em princípios de probabilidade que são plenamente corretos, e o professor Stoner aplicou esses princípios de um modo apropriado e convincente". 53/4

Bernard Ramm, em Protestam Christian Evidences (Provas Cristãs Protestantes), fez o seguinte comentário sobre as profecias:

"Além do mais, praticamente em todos os casos temos retribuído aos críticos radicais as conseqüências positivas das suas dúvidas quanto às datas das profecias, de modo que os exemplos de predições cumpridas estão fora do alcance das críticas feitas por radicais quanto à data de trechos das Escrituras". 48/96


4C. PRESSUPOSIÇÕES DOS CRÍTICOS


O problema da maioria daqueles que atacam a profecia preditiva é a pressuposição de que vivemos num sistema fechado, de que não há Deus, de que milagres são impossíveis e de que, conseqüentemente, não pode existir profecia preditiva. De modo que o que acontece é que lêem um livro contendo mensagens proféticas e vêem o cumprimento numa data bem posterior, e assim concluem que a então chamada mensagem profética foi entregue mais tarde. A conclusão que leva alguns a fazerem coincidir a profecia com o seu cumprimento é fruto das pressuposições e não das descobertas arqueológicas ou dos fatos históricos.

James Davis, um ex-aluno do Instituto Politécnico de Louisiana, nos Estados Unidos, que realizou pesquisas sobre o assunto para estas anotações de palestras, fala a respeito de muitos críticos da profecia: "...costumava cogitar se o que esses homens dizem de fato é verdade. Mas já não cogito mais. Não cogito mais desde que comecei a ver como essas acusações foram refutadas uma após outra pela arqueologia e pela ciência. Finalmente percebi que os céticos são os verdadeiros inimigos da verdade. São eles que têm atitudes preconcebidas e pressuposições dogmáticas. Começaram fazendo todas as acusações e nunca pararam de repeti-las. Contudo, uma a uma as acusações começaram a enfraquecer em número e em força, à medida que a arqueologia continuava a, objetivamente, procurar e encontrar dados. Por fim, recusei-me até mesmo a reconhecer a validade da dúvida dos críticos e abandonei totalmente a confiança que tinha neles".



4B. Cumprimento Específico de Profecias


Para cada profecia analisada, esta seção irá citar suas respectivas localizações na Bíblia, junto com comentários acerca de seu cumprimento histórico a fim de ajudar o leitor a perceber o impacto da profecia preditiva. Em Wonders of Prophecy (Maravilhas da Profecias; C.C. Cook, s.d.), Thomas Urquhart afirma de modo sucinto: "Aquele que está em busca da certeza em assuntos religiosos ficará grato pela multiplicidade, bem como pela minuciosidade e clareza, da profecia bíblica". 55/93

Diz Urquhart que as profecias:

"...Contêm o que posso chamar de descrições proféticas: Elas não se limitam a indicar um aspecto dentre muitos que mais tarde viriam a caracterizar povos e nações; mas descrevem um aspecto após outro até que a descrição da condição desse país ou povo esteja completa. Com o cumprimento de um, ou quem sabe dois, desses aspectos, poder-se-ia imaginar que isso tudo era obra do acaso, mas à medida que se vê o cumprimento de um aspecto após outro, a dúvida se torna cada vez menos razoável, até que diante das provas acumuladas ela desaparece completa e definitivamente". 55/44

Henry Morris, em The Bible and Modem Science (A Bíblia e a Ciência Moderna), faz uma excelente colocação acerca de problemas com os achados arqueológicos:

'E claro que ainda existem problemas para uma completa harmonização do material arqueológico com a Bíblia, mas nenhum é tão sério a ponto de não ter a perspectiva concreta de uma solução iminente mediante investigações mais aprofundadas". 39/95

Em Protestam Christian Evidences (Provas Cristãs Protestantes) Bernard Ramm faz uma análise muito boa da posição em que se encontra o apologeta cristão, quando apresenta a defesa da fé com base na profecia cumprida: "O inimigo do cristianismo tem de silenciar todas as nossas armas; de nossa parte só precisamos disparar uma delas. Portanto, todas as profecias potencialmente cumpridas tem de ser explicadas nessa base ou então a objeção não é válida". 48/88


Josh Mc Dowell

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“Todo-Poderoso , aquele que era , que é, e que há de vir.”
“Ora, vem, Senhor Jesus!”

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