Reunidos em Seu Nome - 1ª parte

terça-feira, 12 de agosto de 2008


Parte 1

Porque onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, aí estou Eu no meio deles” (Mateus 18:20)

A promessa contida nestas palavras é das mais preciosas. O Senhor mesmo promete estar no meio dos Seus, ainda que sejam apenas dois ou três. É maravilhoso! Parece bom demais para ser verdade, mas graças a Deus é uma realidade. Mesmo em nossos dias, podemos ter o Senhor presente conosco!

Há, porém, uma condição. Se quisermos a Sua presença conosco, é imperativo que estejamos reunidos em Seu Nome.

Esta promessa, embora condicional, torna-se ainda mais preciosa quando percebemos nela certos princípios que o Novo Testamento desenvolve plenamente. Ela contém, em germe, a natureza e a forma de uma igreja local.

Examinemos, então, este pequeno versículo e a grande promessa que ele traz. Vamos notar o seu contexto, pois este é o “pano de fundo” que salienta os princípios apresentados. Vamos observar o desenvolvimento destes princípios através do Novo Testamento, esperando que o Espírito Santo nos ilumine, ajudando-nos a agir conforme estes princípios, e assim produzir as condições necessárias para que o Senhor possa habitar entre nós.

O contexto

A simples leitura de Mateus cap. 18 deixa bem claro que Deus dá valor às coisas pequenas e, ao mesmo tempo, mostra-nos quão errados são os pensamentos dos homens. Bem que o Senhor disse em outra ocasião: “O que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação” (Lucas 16:15). Até os apóstolos se deixaram levar pelo seu próprio raciocínio; não estavam em sintonia com a mente do Senhor.

Para corrigir este modo errado de pensar, o Senhor usou três figuras:

Uma criança (vs. 1 a 14)

O Senhor chamou uma criança e colocou-a no meio deles. A palavra traduzida “criança” significa “bebê”, embora seja também usada no sentido de menino ou moço. Por meio desta figura, o Senhor queria levar os Seus discípulos a uma atitude diferente; queria que abandonassem os seus pensamentos presunçosos e sentissem a sua fraqueza e dependência de Deus.


Irmãos (vs. 15 a 22)

A segunda figura empregada pelo Senhor é a de irmãos. Ele queria que Seus discípulos compreendessem a verdadeira relação que existia entre eles; eram irmãos. Nenhum deles poderia pensar em ser o maior; deveriam considerar uns aos outros.

Servos (vs. 23 a 35)

Finalmente, o Senhor lhes falou de servos (a palavra grega usada nestes versículos significa “escravo”). Ele queria que compreendessem a sua posição em relação a Ele próprio; eles eram escravos. Ele era o maior e, mesmo sendo Senhor, Ele Se fez servo. Eles, sendo servos, nunca poderiam pensar em dominar; a sua atitude teria de ser de submissão.

A lição é clara. O Senhor queria que fossem transformados pela renovação da sua mente (veja Romanos 12:2), para que não mais pensassem como os homens pensam e sim, como Deus pensa.

Nestas três figuras, vemos o cristão em três relações distintas. No mundo, ele é como uma criança indefesa e desprezada; entre os demais cristãos, ele é como um irmão na família; em relação ao Senhor, ele é um servo.

Uma compreensão deste fato nos livrará do erro em que aqueles primeiros discípulos caíram. Sentindo a nossa fraqueza e falta de sabedoria, como crianças, acharemos no Senhor a nossa defesa e a nossa honra. Reconhecendo que somos irmãos, o nosso desejo não será o de primazia, mas sim o de ter mais comunhão com os demais membros desta família. Submetendo-nos ao Senhorio de Cristo, nunca pensaremos em ser o maior entre os nossos irmãos.

E é neste contexto que encontramos a promessa maravilhosa do Senhor Jesus Cristo: “Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome aí estou Eu no meio deles”.

Um grupo de cristãos, reunidos em Nome do Senhor Jesus Cristo tem tudo o que precisa para poder testemunhar. Não precisa da proteção duma organização humana para se defender; não precisa da orientação de decretos de concílios para lhe guiar; não precisa de elos denominacionais para manter a sua união; tem o Senhor Jesus Cristo mesmo no seu meio.

Permita Deus que a preciosidade desta promessa encha nosso ser; que o nosso coração transborde de louvor e admiração diante desta grande graça — o Senhor conosco.

Clique aqui e leia as partes 2,3,4 e 5 do estudo

R. E. Watterson

Fonte: Site, Editora Sã Doutrina.

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