sexta-feira, 20 de março de 2009
Introdução
Atos dos apóstolos foi escrito para todos os cristãos de todos os tempos, sendo visto como o Evangelho do ESPÍRITO SANTO. Já os quatro Evangelhos são vistos como o Evangelho de CRISTO. Os Evangelhos mostram a presença do Filho revelando o Pai; o livro de Atos destaca a presença do ESPÍRITO SANTO Revelando o Filho.
Este livro narra a propagação do Evangelho de CRISTO desde Jerusalém até Roma. Dentro da geração dos apóstolos o Evangelho expandiu-se em todas as direções até alcançar cada nação do mundo então conhecido (Cl 1.23).
O livro de Atos dos apóstolos trata principalmente dos atos de Pedro e Paulo, mais deste último. Paulo foi o apóstolo das nações não Judaicas, isto é, os gentios. O assunto principal do livro é a extensão do Evangelho aos gentios. O ESPÍRITO SANTO é mencionado mais de cinqüenta vezes neste livro.
Os Atos começam com a segunda narrativa de Lucas sobre a ascensão do SENHOR e termina com residência de Paulo em Roma como prisioneiro, cobrindo um período de mais de trinta anos.
Este livro é de mais importante porque é a única narrativa das primeiras atividades da Igreja. Ele esclarece algumas das referências históricas das Epístolas Paulinas. Seu lugar no cânon no Novo Testamento identifica-o como ponte dos Evangelhos para as epístolas.
Embora “Atos” não mencione seu autor, o emprego do pronome pessoal "eu", na frase inicial, é evidente de que seus primeiros destinatários sabiam de quem partia o livro.
Desde o princípio este livro, bem como o terceiro Evangelho, tem sido reconhecido sem questão, como sendo da autoria de Lucas.
Atos dos apóstolos foi escrito para todos os cristãos de todos os tempos, sendo visto como o Evangelho do ESPÍRITO SANTO. Já os quatro Evangelhos são vistos como o Evangelho de CRISTO. Os Evangelhos mostram a presença do Filho revelando o Pai; o livro de Atos destaca a presença do ESPÍRITO SANTO Revelando o Filho.
Este livro narra a propagação do Evangelho de CRISTO desde Jerusalém até Roma. Dentro da geração dos apóstolos o Evangelho expandiu-se em todas as direções até alcançar cada nação do mundo então conhecido (Cl 1.23).
O livro de Atos dos apóstolos trata principalmente dos atos de Pedro e Paulo, mais deste último. Paulo foi o apóstolo das nações não Judaicas, isto é, os gentios. O assunto principal do livro é a extensão do Evangelho aos gentios. O ESPÍRITO SANTO é mencionado mais de cinqüenta vezes neste livro.
Os Atos começam com a segunda narrativa de Lucas sobre a ascensão do SENHOR e termina com residência de Paulo em Roma como prisioneiro, cobrindo um período de mais de trinta anos.
Este livro é de mais importante porque é a única narrativa das primeiras atividades da Igreja. Ele esclarece algumas das referências históricas das Epístolas Paulinas. Seu lugar no cânon no Novo Testamento identifica-o como ponte dos Evangelhos para as epístolas.
Embora “Atos” não mencione seu autor, o emprego do pronome pessoal "eu", na frase inicial, é evidente de que seus primeiros destinatários sabiam de quem partia o livro.
Desde o princípio este livro, bem como o terceiro Evangelho, tem sido reconhecido sem questão, como sendo da autoria de Lucas.
Lucas - Pouco conhecemos a vida particular de Lucas. Sabemos apenas que ele era gentio, possivelmente de Antioquia; que falava o grego fluentemente, que era um médico de refinada educação, e que após convertido ao cristianismo abandonou a função médica, se dedicando a viajar com o apóstolo Paulo, de quem se tornou um amigo inseparável. Acompanhou Paulo de Troas até Filipos, viagem memorável durante a qual Paulo levou as boas-novas do Evangelho desde a Ásia até a Europa. Em viagem posterior, continuou com Paulo desde Filipos até Jerusalém; Esteve com ele enquanto durou o seu encarceramento em Cessareis, daí acompanhando-o até Roma, donde, nos tristes dias de confinamento de Paulo. Nessa fase de sua vida, abandonado por todos os seus cooperadores, escreveu o apóstolo Paulo: "Somente Lucas esta comigo."
Teófilo - "O amigo de DEUS" teria sido provavelmente um oficial do governo romano, convertido a fé cristã, e que necessitava de informações mais detalhadas sobre os fatos do cristianismo. Daí Lucas destaca o seu nome.
Data - Cerca de 63 d.C., ao fim de dois ano de prisão de Paulo em Roma, At 28.30.
Propósito - Mostrar a história da formação, desenvolvimento e expansão da Igreja, começando em Jerusalém e concluindo em Roma.
Evidenciar como a Igreja se formou, como ela se abriu para receber o gentios, como se estendeu de Jerusalém alcançando a Ásia, chegando até Roma.
Dar testemunho dos pregadores do Evangelho de então que contribuíram na formação de várias comunidades cristãs, e como influenciaram para que a obra de proclamação do Evangelho alcançasse todo o mundo.
Cronologia de Atos - O seguinte pode ser considerado como um esquema provável de datas, mais ou menos correto, como uma aproximação de um ou dois anos, para mais ou para menos:
• Fundação da Igreja em Jerusalém, 30 ou 33 d.C.
• Apedrejamento de Estevão e dispersão da Igreja, 31 ou 33 d.C.
• Conversão de Saulo, 32 ou 35 d.C.
• A Primeira visita de Paulo a Jerusalém, depois da conversão, 34 ou 38 d.C.
• Conversão de Cornélio, entre 35 e 40 d.C.
• Fundação da Igreja Gentílica em Antioquia, 42 d.C.
• Segunda visita de Paulo a Jerusalém, 44 d.C.
• Concílio de Jerusalém, 48 ou 50 d.C.
• Segunda viagem missionária de Paulo, Grécia, 48-51 ou 50-53 d.C.
• Terceira viagem missionária de Paulo, Éfeso, 53 ou 54-57 d.C.
• Paulo chega a Éfeso, 54 d.C.
• Paulo deixa Éfeso, junho, I Co 16.5-8, 57 d.C.
• Paulo na Macedônia, I Co 16.5-8, 57 d.C.
• Paulo em Corinto, três meses, At 20.2,3, 57-58 d.C.
• Paulo deixa Filipos, At 20.6, 58 ou 59 d.C.
• Paulo chega a Jerusalém, At 20.16, 58 ou 59 d.C.
• Paulo em Cesaréia, 58 ou 59 a 60 ou 61 d.C.
• Viagem de Paulo a Roma, 60-61 ou 61-62 d.C.
• Paulo em Roma, 61-63 ou 62-64 d.C.
FUNDAÇÃO DA IGREJA
A palavra "Igreja" é a tradução do termo grego "Eklesia", originado de duas palavras gregas "ek", que quer dizer "para fora", e o verbo "kalein", que quer dizer "chamar". Assim "Ekklesia" quer dizer: "os que são chamados para fora".
A tradução do Antigo Testamento usada pelos judeus de fala grega, nos dias de JESUS, era a Septuaginta, e quase sempre usa a palavra "Ekklesia" para traduzir o termo hebraico "gahal" que significa "Assembléia" e "congregação". Quem não pertencia ao povo de DEUS não podia comparecer a essas santas reuniões. Assim a congregação (gahal ou ekklesia) de DEUS era o ajuntamento específico do seu povo para adorá-lo e servi-lo.
AS INSTRUÇÕES DE CRISTO AOS SEUS DISCÍPULOS
A missão terrena de CRISTO chegava ao fim. Mas a obra por ele inaugurada estava iniciando. Aos seus discípulos caberia dar continuidade ao que ele começara; para isso dependiam da proteção e direção e a plenitude do ESPÍRITO SANTO.
O propósito dos quarenta dias
Quarenta dias decorreram entre a ressurreição de JESUS e a sua ascensão.
Esse espaço de tempo tinha um duplo propósito:
1) Dar aos discípulos a insofismável prova de que JESUS de fato ressuscitara;
2) Dar aos discípulos as diretrizes acerca do reino de DEUS (v.3).
A ascensão do SENHOR
Resumidamente Lucas descreve a ascensão do SENHOR JESUS CRISTO, todavia, o suficiente para transportar-nos ao Monte das Oliveira, junto a Betânia, e induzir-nos a contemplarmos pela fé tão majestoso quadro.
Olhando para cima
Ali, em verdadeiro êxtase, encontravam-se os discípulos olhos e corações elevados para o céu, divisando o MESTRE amado subindo às alturas, ressurreto e triunfante, até que uma nuvem o encobriu! Foi nesse momento de contemplação e emoção que "dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles, e lhes perguntaram: varões galileus, porque estais olhando para as alturas? Esse mesmo JESUS que dentre vós foi assunto ao céu, assim virá do modo como o viste subir" (At 1.11). Esse evento vindicou de modo completo a divindade de JESUS, que passou a ser chamado SENHOR e CRISTO, pela Igreja composta dos seus discípulos.
A PROMESSA DO CONSOLADOR
Enquanto estava com os discípulos, prevendo a sua morte e ressurreição e a eminente partida para o seio do Pai, donde antes viera, JESUS prometeu: "Eu rogarei ao Pai, Ele vos dará Outro CONSOLADOR, a fim de que esteja para sempre convosco... mas o CONSOLADOR, o ESPIRITO SANTO, a quem o Pai enviará em meu Nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo que vos tenho dito" (Jo 14.16,2)
É interessante notar que a palavra "Outro", é a palavra grega "ALLOS", e significa: "do mesmo jeito", "da mesma forma".
Receber o ESPÍRITO SANTO é mais que uma experiência; Uma Personalidade divina vem habitar em nós - morar em nós - fazer em nós o Seu lugar.
JESUS orou para que o Pai enviasse o CONSOLADOR para estar com eles. No entanto, o ESPÍRITO SANTO, tem estado aqui desde então. Agora, já não é questão de o Pai dar o ESPÍRITO SANTO a alguém. É questão de recebermos o ESPÍRITO SANTO.
Note as palavras de JESUS: "E Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro CONSOLADOR, a fim de que [Ele] esteja para sempre convosco." Quando recebemos o ESPÍRITO SANTO, recebemos a "Ele", a uma Pessoa, e não uma influência impessoal. A expressão "batismo com ESPÍRITO SANTO" é uma expressão que denota uma experiência, como o batismo nas águas. O que precisamos entender, é que, o "batismo com o ESPÍRITO SANTO" é mais que uma experiência simbólica de remissão de pecados, é, a Pessoa de DEUS habitando em nós.
Esta promessa é para os salvos - (Jo 4.13,14; 7.37-39; 14.16,17; At 2.32,33).
A plenitude do ESPÍRITO não é para pecadores; é para os cristãos. Referindo-se à plenitude do ESPÍRITO SANTO, JESUS disse: "O ESPÍRITO da verdade, que o mundo não pode receber". O mundo pode receber a vida eterna, o mundo pode receber CRISTO como Salvador, o mundo pode nascer de novo. Para ilustrar este fato olhemos o que JESUS disse em Mateus 9.17: "Nem se põe vinho novo em odres velhos; do contrário, rompe-se os odres, derrama-se o vinho... põe-se vinho novo em odres novos”.
Nas Escrituras o vinho tipifica o ESPÍRITO SANTO, JESUS estava dizendo, portanto, que o ESPÍRITO SANTO não poderia ser dado na sua plenitude a não ser que a pessoa viesse a nascer de novo, ou melhor, ser nova criatura. De outra forma, como JESUS indicou, se vinho novo fosse colocado em odres velhos, estes romper-se-iam. Se Ele colocasse o ESPÍRITO SANTO em pessoas que não tinham nascido de novo, elas estourariam. A Bíblia diz: "Quem está em CRISTO, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; e eis que TUDO se fez novo." (II Co 5.17).
Lições que aprendemos com a Igreja Primitiva:
A plenitude do ESPÍRITO SANTO recebida pelos cristãos primitivos deve ser nosso padrão hoje para recebermos essa bendita promessa.
Muitos estão aguardando a hora de receberem a plenitude do ESPÍRITO, embora, isto não está dentro dos padrões de Atos dos apóstolos, e nem fora este método que outros irmãos mais tarde experimentaram. Depois do dia do pentecoste, não há nenhum registro na Bíblia no sentido de alguém ter ficado esperando, para ser cheio do ESPÍRITO SANTO.
Oito anos depois do dia do pentecoste, vemos Filipe levando o Evangelho ao povo de Samaria.
Os Samaritanos recebem o ESPÍRITO SANTO - (At 8.5-8)
As pessoas que receberam a mensagem do Evangelho do reino em Samaria tiveram uma grande alegria. Embora, a alegria não seja uma característica de ter a plenitude do ESPÍRITO SANTO. Essas pessoas tinham alegria antes de serem cheias do ESPÍRITO SANTO; podemos ter alegria antes e depois, esta alegria que mencionamos aqui, é a alegria de ser salvo. É uma alegria de ser curado, de desfrutar das bênçãos de DEUS. Filipe levou a Samaria um Evangelho de vida. Por certo, centenas de pessoas foram salvas, e outras curadas; mais ainda não tinham a plenitude do ESPÍRITO. Os discípulos que estavam em Jerusalém ouvindo falar do que havia acontecido em Samaria, enviaram a Pedro e João (At 8.14-17), que orando por eles impuseram as mãos, e, eles receberam o ESPÍRITO SANTO.
Casa de Cornélio - (At 10.44-46)
Dez anos depois do dia do pentecoste, a Bíblia fala a respeito de Pedro indo até a casa de Cornélio para levar o Evangelho. Chegando lá, todos que estavam reunidos receberam o Evangelho. Pedro ainda estava pregando quando eles receberam o ESPÍRITO SANTO (At 10.44-46).
Uma lição muito importante que podemos ver neste episódio, é que a fé sincera, mesmo quando expressa através de termos ritualistas, é percebida e abençoada por DEUS.
Os irmãos em Éfeso recebem o ESPÍRITO SANTO - (At 19.1-3,6)
Vinte anos depois do dia do pentecoste, Paulo viajou para Éfeso. Ali ficou conhecendo alguns cristãos, e lhes falou a respeito do ESPÍRITO SANTO. Os cristãos em Éfeso ainda não tinham ouvido falar a respeito do ESPÍRITO SANTO. Paulo disse: "recebestes?" Não falou: "vim para cá a fim de orar para que o ESPÍRITO SANTO seja derramado sobre vocês". O ESPÍRITO SANTO já havia sido derramado no dia do pentecoste.
A Igreja primitiva não tinha nenhum método de ensaio para receberem o batismo com o ESPÍRITO SANTO. Nos devemos fazer somente aquilo que a Bíblia diz e ensina. Com frequência as pessoas dizem aquilo que pensam. Oferecem a sua teoria, ou contam a sua experiência.
O ESPÍRITO SANTO JÁ FOI DADO
DEUS deu o Seu ESPÍRITO SANTO no dia do pentecoste. Tudo quanto o cristão precisa fazer é apropriar-se da dádiva de DEUS.
Não é questão de DEUS dar o Seu ESPÍRITO, e sim, o cristão já salvo, receber. Atos 19.1,2,6; temos o exemplo dos irmãos em Éfeso: "...Recebeste porventura o ESPÍRITO SANTO quando crestes?" Ao que lhe responderam: "Pelo contrário, nem mesmo ouvimos que existe ESPÍRITO SANTO...E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO..."
Entenda bem, DEUS não deu o ESPÍRITO SANTO a ninguém desde o dia do pentecoste. Naquele dia, sim, Ele foi dado à Igreja. A partir de então, os cristãos O têm recebido.
Ser salvo é a única condição prévia, pois todo aquele que está salvo, esta apto para receber o ESPÍRITO SANTO.
Se você já pudesse sem o ESPÍRITO SANTO fazer tudo o que deve fazer e ser, e tudo quanto deveria ser, que necessidade você teria dEle?
“... e perguntaram a Pedro e aos apóstolos: que faremos, irmãos? Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO para a remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO" (At 2.38). Ser salvo é a única condição prévia para receber o ESPÍRITO SANTO. Não adianta fazer sacrifícios, alguns jejuam, oram intensamente, com o propósito de receberem. Lamentabilismo engano, pois, CRISTO já rogou ao Pai para que recebêssemos o ESPÍRITO, e o Pai já concedeu o Seu ESPÍRITO.
Outro aspecto importante que temos de notar para que as pessoas recebam a plenitude do ESPÍRITO, é a "imposição de mãos". A imposição de mãos deve ser um ato de fé, porque, DEUS honra a fé, em Atos 19.6, diz: "E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO; e tanto falavam em línguas como profetizavam."
A pessoa que está recebendo a imposição de mãos deve ter expectativa de que o ESPÍRITO SANTO irá operar em suas cordas vocais e colocará em seus lábios através das palavras provenientes da mente; pois, toda a palavra, é resultado de um pensamento que pensamos. Este pensamento será coordenado pelo nosso cérebro que o conduzirá as nossas cordas vocálicas com a força do ar dos pulmões, aí, é, que as palavras sobrenaturais serão pronunciadas pelos nossos lábios.
As pessoas ficam com medo de receberem alguma coisa simulada quando procuram a plenitude do ESPÍRITO SANTO. Muitos ficam com medo de receberam algo que não seja de DEUS, ora, gosto sempre de levá-las a Lucas 11.11-13, "Ou qual dentre vós é o homem, que, porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ou se lhe pedir um ovo lhe dará um escorpião? Ora, se vós, que sóis maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está nos céus dará o ESPÍRITO SANTO àqueles que lhe pedirem." A palavra de DEUS sempre nos alivia dos nossos temores.
O OBJETIVO DE FALAR EM LÍNGUAS
Falar em línguas é a evidência física de uma experiência espiritual, At 10.44-46; 11.15-18; 19.1-6.
Quando Paulo escreveu a Igreja em Corintos, ele encoraja fortemente os irmãos a falar em línguas na sua vida particular de oração, e oferece várias razões para isso:
Edificação - Vemos, portanto que nem todas as línguas são oração. Mas quando o cristão é cheio do ESPÍRITO SANTO, e compreende a razão de falar em "línguas", ele passa a aplicar as línguas a sua vida de crescimento espiritual, "O que fala em língua a si mesmo se edifica..." (I Co 14.4).
A palavra "Edificar" significa "construir". Os estudiosos da língua grega dizem que temos uma palavra em nossa língua moderna que é bem mais próxima ao significado original do que a palavra "edificar".
A palavra "carregar" em conexão com carregar uma bateria. Uma tradução mais literal seria: "O que fala em outra língua edifica, constrói, ou carrega a si mesmo como uma bateria". Esta edificação não é mental ou física, e sim, espiritual. Pois a Bíblia diz: "Porque se eu orar em outra língua, o meu espírito ora de fato..." (I Co 14.14).
Uma versão inglesa da Bíblia amplificada, que é uma nova versão, inclusive, muito aceita nos seminários hoje, acrescenta: “... o meu espírito [pelo ESPÍRITO dentro de mim] ora, mas a minha mente fica infrutífera..."
Neste texto aqui, falar em "línguas" não é uma edificação mental, é uma edificação espiritual. "Pois quem fala em língua, não fala a homens, senão a DEUS, visto que ninguém entende..." (I Co 14.2). Paulo nos ensina aqui, que este falar em "línguas", não é ministrar diante da assembléia pública, esta falando do uso das "línguas" na sua vida de oração, “... e em espírito fala mistérios." Na tradução de James Moffat, diz: "O que fala em "línguas" fala "segredos divinos" no espírito".
VARIEDADES DE LÍNGUAS
Variedades de línguas - são expressões vocálicas mediante o ESPÍRITO SANTO, em idiomas nunca aprendidos pela pessoa que fala; não compreendidos pela pessoa que fala; nem necessariamente sempre compreendido pelos ouvintes.
Paulo diz que DEUS colocou na Igreja, "variedades de línguas" (I Co 12.28). O que é aceitável pelo original grego, é, "vários tipos de línguas" ou "tipos diferentes de línguas." Falar em línguas não tem nada a ver com capacidade linguística; e nem com a mente e nem com intelecto do homem. É um milagre vocal.
Línguas - um sinal sobrenatural
JESUS disse em Marcos 16.17: "Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem:... falarão novas línguas..." Esta bênção é para todos os que fazem parte da nova aliança.. Portanto, nenhum profeta do Antigo Testamento, por mais que fosse cheio do ESPÍRITO SANTO, não falava em outras línguas. Alguns que não crêem na forma sobrenatural deste maravilhoso "dom", dizem, que João Batista era cheio do ESPÍRITO SANTO, portanto, ele não falava em outras línguas. João Batista, como todos os profetas do Antigo Testamento, estava debaixo da antiga Aliança.
Nesta dispensação, temos uma melhor aliança estabelecida em melhores promessas (Hb 8.6), e especialmente na área do ESPÍRITO SANTO. Os Israelitas tinham DEUS com eles, DEUS por eles, e só. Isto era a antiga aliança. Não estamos debaixo da antiga aliança, e sim, na nova aliança, tendo CRISTO como nosso mediador. Nesta aliança, DEUS é conosco, DEUS por nós, e DEUS habita dentro de nós.
Línguas - um dom devocional
As línguas são primariamente um "dom" devocional a ser usado em nossa vida de oração no louvor e adoração a DEUS.
Não devemos esquecer-nos de que falar em outras línguas não é somente uma evidência inicial da presença do ESPÍRITO SANTO em nos, como também é uma experiência contínua durante o restante da nossa vida, para ajudar na adoração a DEUS. É um rio corrente que nunca deve secar-se, e que enriquecerá a vida espiritualmente.
Paulo disse que ele nação usava as línguas publicamente, {para ensino ou pregação}. Pois escreveu, "Dou graças a DEUS, porque falo em outras línguas mais do que todos vós. Contudo... na Igreja..." (I Co 14.18,19). E ele continuou: "Contudo, prefiro falar na Igreja cinco palavras com o meu entendimento, para instruir outros, a falar dez mil palavras em outras línguas" (v. 19), O que está claro aqui, é que, o "dom" de línguas, não é um "dom" de ensino e nem de pregação. Se eu fosse falar em línguas no púlpito durante uma hora, ao invés de ensinar, não estaria edificando a Igreja. Edificaria só a mim, mas não os ouvintes. Quando Paulo disse: “... prefiro falar na Igreja cinco palavras com o meu entendimento..." Estava distinguindo entre o uso particular e o público do "dom" de línguas. Ele disse que as pessoas tirariam mais proveito de cinco palavras em seu próprio idioma, do que de dez mil palavras que ele falasse em outras línguas.
Línguas no ministério público
DEUS usará algumas pessoas numa expressão vocal pública em línguas, mas esse "dom" que não é para todos (os Corintos estavam cometendo enganos quanto a isso, e nós frequentemente fazemos o mesmo). Tratando do ministério público em línguas, Paulo disse: "No caso de alguém falar em outra língua, que não sejam mais do que dois ou quando muito três, e isto sucessivamente, e haja quem interprete. Mas não havendo intérprete, fique calado na Igreja, falando consigo mesmo e com DEUS" (I Co 14.17,28).
Em grego [como também em português] as palavras "dois" ou "três" são pronomes pessoais e se referem a pessoas. Paulo estava simplesmente dizendo que não mais de duas ou até três pessoas deviam falar em língua estranha no culto. No versículo seguinte, disse, "tratando de profecias, falem apenas dois ou três..."
Interpretação de línguas - (I Co 14.13-15,27,28,40)
A interpretação de línguas é a revelação sobrenatural pelo ESPÍRITO SANTO de uma expressão vocal em outras línguas. A interpretação de línguas, não é traduzir o que a outra pessoa está falando, é revelar sobrenaturalmente pelo ESPÍRITO SANTO o significado daquilo que foi dito em línguas, a interpretação talvez não requeira tantas palavras quanto a mensagem original. Semelhantemente alguém poderá dar uma expressão vocal breve em línguas, mas a interpretação poderá ser prolongada. Está envolvido o mesmo princípio da clareza: Pode levar mais tempo para dar a interpretação, a fim de revelar claramente o significado da mensagem.
O PROPÓSITO DO PENTECOSTE
O Pentecoste não é uma denominação; refere-se ao dia da festa dos judeus, conhecida também como a "festa das semanas" (Lv 23.15-22), celebrada 50 dias depois da páscoa, e durava 1 dia. E foi, justamente quando todos os judeus de todas as regiões do império estavam em Jerusalém para celebrarem esta festa, que o ESPÍRITO SANTO foi derramado em quase 120 pessoas que estavam no cenáculo Atos 2.4: "Ao cumprir-se o dia de pentecoste... todos ficara cheios do ESPÍRITO SANTO, e passaram a falar em outras línguas..."
A plenitude do ESPÍRITO SANTO é um revestimento de poder para todos os verdadeiros cristãos. Embora muitos têm monopolizado esta expressão "pentecostal" quero deixar claro que a plenitude do ESPÍRITO SANTO é um revestimento de poder, e não esta ligado com a filiação de uma denominação "pentecostal". Não era o propósito de CRISTO que a palavra "pentecoste" fosse monopolizada como título de Igreja.
Esta experiência é tão bíblica e autêntica hoje quanto era nos dias primitivos da história da Igreja. Não é conforme diz alguns que estão cheios de preconceitos, "um estado psicológico induzido e auto-imposto que existe entre grupos pequenos de neuróticos". Hoje as pessoas estão sendo batizadas no ESPÍRITO SANTO segundo a maneira típica deles, quieta e reservada, e sua forma litúrgica de cultuar continua de acordo seu padrão costumeiro. O ESPÍRITO SANTO não depende de demonstrações físicas e frenéticas.
Uma coisa maravilhosa está acontecendo hoje. Os cristãos estão compreendendo que "pentecoste" não significa uma denominação, mas que uma experiência de receber a Pessoa de CRISTO em nós. E o mais importante é que esta nova vida em CRISTO que chamamos de batismo com ESPÍRITO SANTO é para todos os cristãos de todas as denominações que crêem em CRISTO como SENHOR, e SALVADOR, e estão dispostas a manifestar a vida de DEUS na terra, trazendo para este mundo, o Reino de DEUS (através dos milagres, expulsar os demônios e ensinar a todos os povos a palavra de DEUS, que é o evangelho do reino), com o propósito das almas serem salvas.
A MENSAGEM DO EVANGELHO DO REINO
O Evangelho do Reino era o mesmo Evangelho que JESUS pregava quando estava na terra, e o mesmo que os seus discípulos pregavam.
Quando JESUS enviou os seus discípulos, Ele disse: "Pregai que está próximo o Reino dos céus." Juntamente com aquela mensagem, Ele lhes ordenou assim: "Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios..." (Mt 10.8). Estes sinais eram as evidências do Evangelho do Reino.
"E percorria JESUS todas as cidades e povoados, ensinado nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades" (Mt 9.35). É este Evangelho do Reino, sendo pregado no poder do ESPÍRITO SANTO, sendo confirmado por sinais e maravilhas e por muitos milagres que sempre produz os maiores triunfos evangelísticos em qualquer geração.
"De outra feita estava JESUS expulsando demônio... E aconteceu que ao sair o demônio... as multidões se admiravam" (Lc 11.14).
E JESUS disse: "Se, porém, eu expulso os demônios pelo ESPÍRITO de DEUS, certamente é chegado o reino de DEUS dentro em vós" (Lc 11.20; Mt 12.28). É sempre a vontade de DEUS confirmar a Sua palavra com sinais e maravilhas. Somente àqueles que têm a plenitude do ESPÍRITO SANTO podem "dar testemunho da ressurreição", conforme faziam aqueles cristãos primitivos.
Este Evangelho do Reino deve ser proclamado com evidências; deve ser pregado como testemunho. E isto só pode ser feito por cristãos cheios do ESPÍRITO SANTO. E esta é uma experiência que todo o cristão pode desfrutar. Nunca devemos esquecer que um milagre vale por mais de mil sermões. O Exemplo que temos é o de Filipe quando ele desceu para a cidade de Samaria, "anunciava-lhes a CRISTO. As multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que operava" (At 8.-5).
Filipe pregava a CRISTO e o fazia com evidências! Filipe estava produzindo evidências da mensagem do Evangelho que pregava porque a vida dele era uma vida cheia do ESPÍRITO SANTO.
Se é para os homens crerem no Evangelho, devem não somente ouvir a mensagem, como também ver a sua confirmação sobrenatural. Paulo disse: "O nosso evangelho não chegou até vós tão somente em palavras, mas sobretudo em poder, no ESPÍRITO SANTO" (I Ts 1.5), e: "Minha pregação não consistiu em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do ESPÍRITO e de poder" (I Co 2.4).
O Evangelho veio com evidências. A mensagem foi anunciada com provas! Mundo precisa de mais pregadores que, como Paulo, prega e testemunham em demonstração do ESPÍRITO e de poder: "Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana; e, sim, no poder de DEUS" (I Co 2.4,5). As Boas-novas precisam ser proclamadas com provas, com evidências!
Somente "este Evangelho do Reino - por testemunho" pode ser o meio de evangelizar o mundo.
A palavra "testemunho" (usado em Mt 24.14) é a mesma palavra que foi usada para descrever o "Tabernáculo do Testemunho" no deserto (At 7.44).
Essa tenda de Israel era chamada o "Tabernáculo do Testemunho" porque, durante vinte e quatro horas de cada dia, o poder milagroso de DEUS estava evidenciado ali. JESUS disse: "Recebereis poder, ao descer sobre vós o ESPÍRITO SANTO, e sereis minhas testemunhas! (At 1.8).
Agora, nós somos as suas testemunhas! Nós somos Seu "Tabernáculo do Testemunho!" O poder de DEUS pode ser evidenciado em nossas vidas! Pedro, tendo ficado preso por causa de ter curado um aleijado mediante o poder do ESPÍRITO SANTO na sua vida, declarou diante do tribunal: "DEle nós somos testemunhas!" (At 3.15).
O INÍCIO DA HISTÓRIA DA IGREJA
Duas coisas marcaram o início da história da Igreja; primeiro, o derramamento do ESPÍRITO SANTO; segundo, as conversões em massa que se deram pela extraordinária mensagem pregada por Pedro. Portanto, queremos aqui mostrar como viviam esses novos convertido, e também, a Igreja primitiva.
O importante em aprender isso, é porque temos que tirar conclusões sérias e aplicá-las as nossas vidas.
"E perseveraram na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e fazenda, e repartiam com todos, segundo as necessidades de cada um. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração. Louvando a DEUS, caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o SENHOR à Igreja os que iam sendo salvos." (At 2.42).
Uma Igreja exemplar
Esta Igreja exemplar era formada de cristãos batizados e unidos com padrões definidos de doutrinas, comunhão, amor e oração. Regida segundo a autoridade dos apóstolos, cujo ensino, derivava-se dos ensinos de CRISTO. O centro da comunhão se manifesta no ágape(festa ou refeição de amor, incluindo a santa ceia, vers. 42,46). Suas propriedades quando vendidas, repartiam entre os necessitados. Havia frequência aos cultos (v. 46), e constante louvor a DEUS (v. 47), e assim o SENHOR se manifestava proporcionando o crescimento e a excelente reputação diante de todos (v. 41, 47).
“Em cada alma havia temor”. Era tão evidente que os descrentes olhavam para a Igreja com reverente temor.
“Muitos sinais e prodígios eram feitos”. Esta é uma prova que os milagres não encerraram ao encerrar o ministério de CRISTO. Eles continuaram como parte da vida da Igreja primitiva, isto era algo cotidiano.
“Vendiam suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos”. Não havia àquele sentimento materialista egocêntrico, por parte deles. Ao contrário, eles consideravam uns aos outros, como parte de uma só família, por isso, é que não tinham apego as coisas materiais, enquanto outros estavam passando necessidade. Tinham satisfação em vender suas propriedades, e repartir o produto com os mais necessitados.
“Louvando a DEUS”. Tinham uma maneira espontânea de louvar a DEUS. Regozijavam-se no DEUS da sua salvação, e disto, fluía o mais legítimo louvor.
Crescimento. Era o resultado de todos esses itens. O povo foi atraído pelo indizível gozo que eles tinham em servir a CRISTO, e manifestavam este amor de diversas maneiras. O Inimigo de nossas almas jamais poderá evitar o progresso de tais Igrejas.
A IGREJA É PERSEGUIDA
A primeira perseguição a Igreja do SENHOR JESUS CRISTO, foi desencadeada pelos "Saduceus". Estes estavam incomodados com o fato dos discípulos estarem ensinando como se fossem rabinos (mestre), e também porque pregavam a ressurreição de JESUS. No livro de Atos há registro de várias perseguições a Igreja, e cada grupo alegavam motivos particulares por se oporem a pregação do Evangelho. Eram eles
1. Saduceus - Partido dos sacerdotes que controlavam o templo e seu serviço; foram os mais contestados pela pregação de CRISTO (Mt 22.23-32).
2. Fariseus - (os separados), surgiram como partido distinto, cerca de 140 a.C., após a revolta dos macabeus. Seus membros pertenciam à classe baixa, e não à aristocracia como os saduceus. Como os herodianos, eles também lutavam pela independência de Israel do domínio romano.
3. Herodianos - Partido de Herodes Antipas, rei da Galiléia.. Os herodianos eram os membros do partido nacionalista de judeus que apoiavam Herodes e sua dinastia contra Roma. Não se davam com os fariseus, pois os partidários de Herodes, por se interessarem pela lei, queriam a independência civil. Embora, indiferentes um do outro, essas indiferenças se convergiram num ódio contra CRISTO e a sua Igreja.
A prisão de Pedro e João
Satanás não se preocupa muito com Igrejas frias, indiferentes ao seu reino. Ele faz grandes investidas é contra aquelas que são uma ameaça ao seu reino. Foi assim, logo após a cura do coxo de nascença diante da multidão no templo, que surgiu a primeira perseguição contra a Igreja de CRISTO, (At 4.1-4).
O capitão do templo era o sacerdote que, sob o sumo sacerdote, chefiava os guardas do templo. Os sacerdotes e saduceus resolveram acabar com aquilo que consideravam uma nova seita. Pois os sacerdotes não criam na ressurreição, nem nos anjos. Portanto, o que mais os impressionavam, era o fato de haver uma grande multidão ao redor de Pedro e João, e os apóstolos estarem proclamando a ressurreição de JESUS CRISTO dentre os mortos.
No dia seguinte reuniram-se as autoridades (os executivos ou membros oficiais do sinédrio, o senado e a suprema corte judaica) com os anciões e escribas (mestre da lei, peritos na lei), que estavam em Jerusalém. Com eles, vieram especificamente Anás, Caifás, João, Alexandre e todo o resto dos parentes do sumo sacerdote que estavam na cidade.
Anás, aqui chamado de sumo sacerdote, ocupava este ofício desde o ano 6 d.C., e o ocupou até 15 d.C., depois seu filho Jônatas foi designado por cerca de três anos. A seguir, Caifás, genro de Anás, foi nomeado o sumo sacerdote de 18 d.C., até 36 d.C. Mas Anás permaneceu por detrás do trono. O povo não aceitou sua deposição pelos romanos e ainda o considerava o legítimo sumo sacerdote.
Colocaram Pedro e João de pé no meio do tribunal reunido, basicamente o mesmo que condenara a JESUS. Então começaram suas interrogações perguntando-lhes com que "poder" (dynamis, grande poder) ou em nome de quem (isto é, com autoridade de quem) "fizestes vós isto?”
Eles sentiam desprezo dos discípulos, porque, eles não foram educados em suas escolas.
Pedro cheio do ESPÍRITO SANTO começou a falar: “Seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em NOME de JESUS, O NAZARENO, Aquele a quem vós crucificastes e a quem DEUS ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu NOME é que este (o coxo) está curado diante de vós."
Estavam impressionados pelo fato dos discípulos falarem com tanta ousadia, sendo estes "iletrados", no grego é "agrammatos", que é "analfabetos". Sabemos que os discípulos eram homens simples e sem muita cultura secular. Mas o que queremos destacar, é que, Pedro e os demais apóstolos, falavam pelo ESPÍRITO SANTO de DEUS. Pelo ESPÍRITO SANTO, eram eles capacitados. Paulo diz em II Tm 1.7, "DEUS não nos deu um ESPÍRITO de covardia, mas de poder, de amor, e de moderação”. Isto é, uma mente sã, que demonstra moderação, autodisciplina.
Então Pedro citou uma passagem que estes mesmos principais sacerdotes tinham ouvido do próprio JESUS. Numa ocasião eles contestaram a autoridade de JESUS para ensinar. Ele lhes contou parábolas e, então, citou Salmo 118.22, (ver Mt 212.23, 42, 45; I Pe 2.7). Pedro, entretanto, o faz em caráter pessoal. "Ele (enfático) é a pedra que foi rejeitada (ignorada, menosprezada) por vós, os edificadores, a qual foi posta como pedra angular”. Isto é porque Ele está exaltado à destra do Pai. Pedro explica, pois, o que isto significa: "Em nenhum outro nome há, dentre os homens, em que devamos ser salvos."
Não era fácil para Pedro e João enfrentarem tal “snobismo”. Mas a chave para sua intrepidez, era a presença do ESPÍRITO, que lhes davam as palavras para serem ditas. Os líderes reconheceram que eles tinham estado com JESUS, pois falavam com muita autoridade, e, isto os fazia lembrar-se de CRISTO. Portanto, pediram que eles se retirassem do "conselho" (o sinédrio). O sinédrio, após a saída de Pedro e João, empenhou-se em uma discussão entre seus membros. Não tendo uma réplica lógica para dar a Pedro e João, decidiram que o melhor caminho era suprimir o ensino deles acerca de JESUS e da ressurreição, através de ameaças, para que não falassem acerca de nenhum Nome (JESUS), ou de qualquer pessoa (CRISTO).
Convocaram Pedro e João de volta ao sinédrio, e ordenaram-lhes que não falassem de forma alguma ou ensinassem acerca do NOME de JESUS. Com muita cortesia, e também muita firmeza, devolveram aos líderes judeus a responsabilidade de julgar (decidir) se era justo diante de DEUS, ouvir a eles ou ouvir a DEUS. E, então, corajosamente declararam que não podiam deixar de falar das coisas que tinham visto e ouvido.
Não tendo como condená-los, e, vendo-os que a multidão que estava fora, glorificava a DEUS pela cura do coxo de nascença; eles não podiam ir contra o povo, soltaram os discípulos. Estes por sua vez, foram ao encontro dos demais irmãos contar-lhes todo o ocorrido. E assim a Igreja continuou seus trabalhos de implantar o reino de DEUS na terra.
A prisão dos doze apóstolos - (At 5.17,18)
Os discípulos continuaram a pregar, ensinar, e curar a todos os que iam ouvi-los, e por onde passavam. A princípio se se instalaram no "pórtico de Salomão" (At 5.12) - que era uma galeria coberta com duas fileiras de colunas altas ao lado leste do átrio dos gentios no templo, (este lado era específico aos prosélitos; que eram os gentios que se convertiam ao judaísmo). Era o local mais indicado para todos se reunirem e cultuarem a DEUS.
Como tinha prometido JESUS em Marcos 16.20, "E eles tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o SENHOR, e confirmando a Palavra por meio de sinais, que se seguiam," os discípulos estavam sempre acompanhados pelos sinais, e que, mais uma vez a Palavra do SENHOR JESUS, que nunca falha, e jamais falhará, se cumpria entre eles.
Satanás é sempre o grande adversário da Igreja, por isso, não foi possível que os apóstolos continuassem ensinando e curando as multidões oprimidas, sem surgir a forte oposição desse inimigo. O ódio do inferno se esforçava em redor dos apóstolos para induzi-los a desistir; mais a graça do SENHOR JESUS, sempre com eles para animá-los a continuar.
Foi assim que mais uma vez os apóstolos foram presos, pois os saduceus cheios de inveja (v. 17), "ciúmes", prenderam os apóstolos, e os lançaram em uma prisão pública. Isto é, isso foi feito diante dos olhares da multidão. Provavelmente, prenderam os doze, inclusive Matias.
O livramento dos apóstolos pelo anjo do SENHOR
Não existe prisão tão escura, e tão segura, em que DEUS não possa visitar seus filhos e mesmo os tirar para fora. DEUS tem à suas ordens milhares de anjos para efetuarem a libertação de seus servos. DEUS os queria testemunhando abertamente, e não ocultamente. No dia seguinte, prontos para o julgamento, os membros do conselho aguardavam que os presos fossem trazidos à sua presença. No entanto, foram surpreendidos com a notícia de que os apóstolos não se encontravam na prisão: "Achamos o cárcere fechado com toda a segurança e as sentinelas nos seus postos junto às portas, mas, abrindo-as, a ninguém encontramos dentro," (5.23). E mais surpresos ficaram quando souberam que: “... os homens que recolhestes no cárcere, estão no templo, ensinando ao povo" (5.25). "Então foi o capitão com os servidores, e os trouxe, não com violência (porque temiam ser apedrejados pelo povo)" (5.26). Chamados à atenção por insistirem em ensinar em nome de JESUS, os apóstolos, determinadamente responderam, "Mais importa obedecer a DEUS do que a homens,” (5.29).
O parecer de Gamaliel
Gamaliel foi discípulo de Hilel e mestre de Saulo. Foi o rabino mais ilustre de seu tempo e líder do partido dos fariseus no sinédrio. Teudas, revoltoso a quem Gamaliel se referiu, foi um mágico que, segundo o historiador Flávio Josefo, guiou um bando de judeus que era seus seguidores, até o Jordão. Prometendo dividir as águas para que o povo atravessasse com os pés enxutos, como fizera Israel nos dias de Josué. Considerado um elemento periculoso à ordem, foi atacado e morto por soldados enviados pelo procurador Fado.
Judas, o Galileu, também mencionado por Gamaliel, como perseguidor dos seguidores de CRISTO. Assim como Teudas, ele também foi morto juntamente com parte dos seus seguidores. Após citar esses dois exemplos, Gamaliel deu o seu sábio parecer: "Dai de Mão as esses homens, e deixai-os, porque, se este conselho ou esta obra é de homens, se desfará. Mas, se é de DEUS, não podereis desfazê-la; para que não aconteça serdes também achados combatendo contra DEUS" (vv.38,39).
Devemos ter em mente que era um fariseu que estava falando. Isto é, suas palavras registradas, eram as conclusões de seu próprio raciocínio. Devemos ter cuidado em não forçar demais as palavras de Gamaliel. Suas palavras tiveram um efeito sobre o sinédrio e as autoridades foram, por ele, persuadidas (convencidas).
Então eles chamaram os apóstolos e os açoitaram. Todos os apóstolos receberam 39 açoites, de chicote de tiras de couro chumbadas, nas costas nuas. Apesar da dor e o sangue que corria, retiraram-se da presença do sinédrio, “... regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse NOME" (v.41).
Após saírem da presença do sinédrio, os apóstolos continuaram a anunciar o Evangelho do Reino de CRISTO de casa em casa todos os dias, como diz: "E todos os dias... não cessavam... de anunciar a JESUS CRISTO" (v.42).
ORGANIZAÇÃO E CRESCIMENTO DA IGREJA
At 6
Depois da prisão e libertação dos apóstolos, narradas no capítulo cinco, as autoridades prestaram pouca atenção à Igreja durante alguns anos. Talvez porque os membros do sinédrio se preocupavam mais com a tirania de Pilatos que lançou Mão do imposto do templo para construir um arqueduto para a cidade de Jerusalém, colocou imagens do imperador na cidade e de muitas outras maneiras incitou as autoridades judaicas. Durante esse tempo os apóstolos continuavam a pregar, e a Igreja continuava a crescer.
Sete homens escolhidos para servirem a mesa
"Ora naqueles dias... houve uma murmuração" (v.1); até este ponto na Igreja primitiva, havia somente unidade entre seus membros como já vimos nos capítulos anteriores (1.14; 2.46; 4.32). Mas, mesmo na Igreja primitiva surgiam discórdias; mas mesmo assim, não é motivo de nós entristecermos-nos quando surgir contendas e discórdias entre nós também. Não deixamos de sentir grande vergonha, quando a Igreja não endireita, ou contorna as situações de extremas dificuldades. E muitas Igrejas não crescem por não seguir o exemplo da Igreja primitiva em corrigir seus defeitos.
Por fim uma "murmuração" levantou-se entre os cristãos da língua grega contra os cristãos da língua hebraica porque as viúvas daqueles estavam sendo negligenciadas (esquecidas) na distribuição diária.
Então os doze convocaram a multidão e lhes disseram que não era razoável que eles deixassem (abandonassem o ensino e pregação) da Palavra de DEUS e servissem às mesas.
Disseram aos cristãos que escolhessem sete homens cheios do ESPÍRITO SANTO e de sabedoria prática. A estes, os apóstolos encarregaram deste serviço. Em outras palavras, os apóstolos estabeleceram as qualificações e a Igreja examinava para ver quem possuía tais qualificações em alto grau.
Não houve discórdia quanto a isso porque o parecer agradou a todos. Passaram à eleição, sendo eleitos: Estêvão (palavra grega para "coroa"), Filipe (palavra grega para "amante de cavalos"), Prócoro, Nicanor, Timão, Parmenas e Nicolau. Quase todos eram gregos. Seguramente, isto mostra a graça de DEUS e a obra do ESPÍRITO SANTO nos corações dos cristãos de fala hebraica. Eles eram a maioria, mas escolheram para este ofício, todos os diáconos do grupo da minoria. Não havia neles o espírito de partidarismo. Isto nos mostra que a Igreja tinha a participação na escolha daqueles, os quais ela achava, capacitados para a sua administração.
É importante que a Igreja tenha a liberdade de escolher os seus líderes, para que não venha cair nas mãos de maus obreiros.
A organização da Igreja de Jerusalém era simples. A liderança da congregação era ocupada, a princípio, por Pedro e, em menor grau, por João e posteriormente por Tiago. Esse problema suscitado pela distribuição de ajuda aos necessitados resultou na nomeação de sete homens, conhecidos pelo título de "diáconos".
O martírio de Estêvão
Dos sete primeiros diáconos da Igreja em Jerusalém, dois se destacaram como bem sucedidos pregadores; foram eles, Estêvão e Felipe. Estêvão foi um destacado homem de fé, graça, sabedoria e poder espiritual (6.5,8,10).
Nos dias de Estêvão havia inúmeras sinagogas em Jerusalém, algumas das quais construídas por judeus de várias nacionalidades, para seu uso peculiar. Cinco destas pertenciam aos cidadãos de Cirene, Alexandria, Cilicia, Ásia e Roma (6.9). Tarso a cidade de Saulo ficava na Cilicia; portanto, Saulo pertencia a sinagoga deste grupo. Todos os sábados, após as cerimônias do culto, naquele mesmo recinto, travavam-se acaloradas discussões sobre a pessoa e a doutrina de JESUS DE NAZARÉ.
Em meio a essas discussões acerca de JESUS e sua obra, surge então o diácono Estêvão, jovem Israelita, de nome grego. Conhecedor profundo da história do povo eleito (Israel), Estêvão tinha a sua fé fundamentada nas promessas divinas.
A mensagem de Estêvão perante o sinédrio foi, na sua maior parte, um resumo comentado da história do Antigo Testamento, culminando numa repreensão mordaz, caracterizando os judeus como responsáveis pela morte de JESUS (7.51-53).
Diz Lucas, que enquanto Estêvão falava, seu rosto brilhava como rosto de um anjo. Seus adversários, vendo que não podiam resisti-lo, começaram a acusá-lo de atacar o templo (7.48). O templo tinha um significado muito grande para eles, pois, era a vida religiosa da cidade de Jerusalém. Para a manutenção do culto, contribuíam os judeus do mundo inteiro.
Das multidões de peregrinos que iam as festas todos os anos, provinha grande renda à cidade.
Atacar ao templo, portanto, à vista daqueles homens, era atacar o meio de vida deles. Não suportando aquelas palavras, sentiram a grande necessidade de fazê-lo calar, então "Subornaram uns homens para que dissessem: Ouvimos-lhes proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra DEUS" (6.11).
Estêvão é levado a juízo (At 7.1-53)
As autoridades não tiveram dúvida em levar Estêvão a juízo. Agora Estêvão está no banco dos réus, perante o grande tribunal da nação, autuado de "blasfema contra Moisés e contra DEUS".
A defesa de Estêvão foi um argumento histórico, em que se justificou da acusação de blasfêmia e provou que os juizes eram culpados de vil incredulidade
As palavras de Estêvão serviram para descobrir a profunda corrupção de seus perseguidores que "enfurecidos em seus corações, rangiam os dentes contra ele" (v. 54). As palavras de Estêvão foi a declaração do justo julgamento de DEUS, apoiado pelas Escrituras que citara.
Lançaram-se contra ele como feras, enquanto os demais circunstantes iam atirando pedras. Enquanto sucumbia, disse ele: "Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à Mão direita de DEUS" (7.6). O céu se abrira para lhe oferecer entrada. Morreu como morrera CRISTO, sem qualquer ressentimento contra seus algozes, orando: "SENHOR, não lhes impute este pecado" (7.60).
DISPERSÃO DA IGREJA
At 8.1-3
Após a morte de Estêvão, a perseguição contra a Igreja retorna em uma escala ainda maior. É interessante notar, que esta perseguição tinha um grupo específico, eram os helenistas (judeus de fala grega), talvez por estarem ligados a Estêvão. Para explicarmos melhor a intensidade desta perseguição, vejamos a palavra "assolava" (8.3), é uma palavra que dá a idéia da ação devastadora repressora.
Aqui surge Saulo, o personagem mais ativo desta perseguição. Seu zelo religioso levou-o a devastar a Igreja em luta feroz contra o que ele considerava uma insuportável heresia.
Embora alguns não entendessem, essa perseguição contribuiu para alargar a visão quanto à magnitude da obra que DEUS lhes confiara através da pessoa de JESUS CRISTO. De fato, em Jerusalém, a Igreja já era respeitada como uma grande potência. Mas o mandamento de JESUS, aos seus discípulos, era que o Evangelho fosse pregado no mundo inteiro. Agora, pela provisão divina, essa perseguição projetou a ação missionária da Igreja. Esse ataque levou a comunidade cristã de Jerusalém, com seus milhares de membros, a se dispersar.
Buscando segurança para suas vidas, espalharam-se por toda a Palestina. Os cristãos, com o espírito cheio de fé e fervor, levaram o Evangelho por onde quer que fossem. Alguns deles chegaram à grande cidade de Antioquia, na Síria. Nessa cidade, em meio a uma população grega, os exilados tornaram JESUS conhecido tanto de gregos como de judeus. Foi assim que os cristãos deram o grande passo para o estabelecimento do cristianismo no mundo todo; pois um pouco mais tarde, a próspera Igreja de Antioquia enviara Barnabé e Paulo como os primeiros missionários a pregarem a CRISTO aos gentios. Só então, que os discípulos de JESUS tinham consciência do que JESUS queria dizer quando declarou: "sereis minhas testemunhas... até nos confins da terra" (1.8).
O EVANGELHO EM SAMARIA
Jerusalém já estava bem evangelizada, como dissera o sumo sacerdote: "Encheste Jerusalém de vossa doutrina" (At 5.28), portanto, a ordem de JESUS, era que eles evangelizassem toda a Judéia, Jerusalém era o principal distrito da Judéia; portanto devemos prestar atenção na palavra "Tanto"; eles não deviam permanecer só em Jerusalém como estão muitas Igreja, só se preocupam com a sua região. A Igreja que não é apenas "evangélica", mas sim "evangelística"; compreende que não devemos ficar com a nossa visão em torno daqueles que nos cercam, mas que DEUS estará levantando entre nós pessoas que servirão como missionários em outros países, outras regiões de difícil alcance por toda a Igreja local. Portanto, a nossa visão deve ser "tanto" aqui, onde estamos, como lá, onde muitos ainda não foram, e, outros não se preocupam em ir.
Samaria alcançada pelo Evangelho do Reino - (At 8)
Como resultado da perseguição e dispersão da Igreja, Filipe, um dos sete diáconos da Igreja em Jerusalém, Partiu para Samaria. O êxito de Filipe foi tão extraordinário, que os apóstolos que estavam em Jerusalém resolveram enviar a Pedro e João, para supervisionarem o trabalho. Porque, até então, o Evangelho tinha sido pregado só aos judeus. E chegando ali, Pedro e João, impondo as mãos sobre eles, receberam o ESPÍRITO SANTO, que a Igreja (em Jerusalém) passou a receber desde o pentecoste.
Filipe enviado pelo ESPÍRITO SANTO para pregar ao Eunuco, tesoureiro de Candace, rainha dos Etíopes. O Etíope que estava em uma viagem de peregrinação em Jerusalém, agora retornava ao sul, viajando numa carruagem enquanto lia em voz alta a maravilhosa profecia do servo sofredor em Iscais 53. Porem, lendo, não entendia nada; mas DEUS enviou Filipe que lhe anunciou a palavra. Após ouvir a exposição da palavra de DEUS, o eunuco logo recebeu a JESUS como seu único Salvador, pediu para ser batizado, e após, seguiu o seu caminho.
O ESPÍRITO levou Filipe para Azoto, e "e indo passando, anunciava o Evangelho em todas as cidades, até que chegou a Cesaréia" (At 8.40).
A CONVERSÃO DE SAULO
Atos 9
A conversão de Saulo de Tarso, aquele que se tornou como o universalmente conhecido apóstolo Paulo, é um dos eventos da mais alta importância na história da Igreja. Pouco se sabe a respeito deste extraordinário homem, desde o seu nascimento até seu aparecimento em Jerusalém, como temível perseguidor dos cristãos. Era da tribo de Benjamim, um zeloso membro da seita dos fariseus (Rm 11.1; Fp 3.5; At 233.6). Era cidadão romano por ter nascido na cidade grega de Tarso, na Ásia Menor. Provavelmente foi para Jerusalém ainda criança, onde educado aos pés de Gamaliel - doutor da lei e membro do sinédrio.
Para Saulo, a lei de Moisés tinha validade eterna e o templo de Jerusalém era o inatingível santuário do SENHOR dos Exércitos. Em seu coração abrigava grande rancor contra os cristãos, que tinham como mensagem principal JESUS CRISTO ressuscitado e feito messias e SENHOR.
Assim, não só se empenhou no extermínio do cristianismo em Jerusalém, como também foi ao encalço deles em Damasco, a fim de trazê-los de volta a Jerusalém onde seriam julgados e condenados à morte.
De posse de documentos fornecidos pelas autoridades religiosas de Jerusalém, Saulo marcha ativamente para Damasco à procura dos seguidores do "caminho" (termo originalmente de uso popular mas agora técnico, usado para denominar o movimento cristão).
Saulo se encontra com JESUS
Aproximando-se da cidade de Damasco que ficava cerca 225 Km ao nordeste de Jerusalém, próximo ao fim da viagem, um jato de luz sobrenatural e poderosa cegou-lhe e fê-lo cair por terra.
A luz na Bíblia é muitas vezes associada com manifestações da presença de DEUS. Sob o som duma voz que dizia: "Saulo, Saulo, por que me"; devotado fariseu indaga: persegues?" Humilhado e lançado ao pó, esse "Quem és tu, SENHOR?" A resposta veio de imediato: "Eu Sou JESUS a quem tu persegues." Saulo perseguia o corpo de CRISTO cujos membros individuais estão em CRISTO (Mt 25.40,45; Ef 1.23; 2.6). Então JESUS acrescentou: "Dura coisa [escabrosa, perigosa] te é recalcitrar contra os aguilhoes [contra as agulhadas]." O que CRISTO estava dizendo, era que Paulo se achava na posição de um boi que, na sua obstinação, recua contra o aguilhão na mão de quem o tange; quanto mais recua contra o ferrão na mão do seu dono, tanto mais picadas ele leva.
JESUS ordenou que Saulo se levantasse e entrasse na cidade de Damasco. Ali lhe seria dito tudo o que deveria fazer. Enquanto isso os homens que estavam com Saulo, emudeceram, ouvindo a voz (som), mas não vendo ninguém. Os seus companheiros o levaram até Damasco, pois ele não estava enxergando nada. Ali, ficou três dias sem poder ver e Não comeu e nem bebeu coisa alguma.
Saulo em Damasco
O discípulo Ananias é enviado por DEUS à presença de Saulo que, cego, fora conduzido pelos varões que o acompanhava à rua chamada Direita, em casa de Judas (v.11). Ali Saulo orava e, em visão, viu Ananias, o qual punha sobre ele a Mão para que voltasse a ver. Ananias, a princípio, se mostrou temeroso, porque Saulo era bastante conhecido por seus terríveis feitos. Ananias só aceitou depois que o SENHOR lhe falou que ele era um vaso muito útil em suas mãos. Em resposta à oração de Ananias, o SENHOR sarou os olhos de Saulo, o qual também foi batizado e cheio do ESPÍRITO SANTO, (Tt 3.5-7).
Paulo prega em Damasco - (At 9.20-25)
Saulo logo começou a fazer parte dos discípulos em Damasco. Provavelmente Ananias, foi quem levou a Saulo para o meio dos discípulos. Foi imediatamente às sinagogas, onde pretendia identificar os cristãos e enviá-los presos a Jerusalém. Mas para espanto de todos, ele proclamou CRISTO como Filho de DEUS; Aquele que morreu e ressuscitou dentre os mortos e vive para todo sempre.
Somente três anos depois da sua conversão é que Saulo voltou a Jerusalém, onde passou quinze dias com Pedro, Tiago, o irmão de JESUS (Gl 1.18,19). Seu contato com esses e com outros cristãos teve de ser feito através de Barnabé, pois, os próprios discípulos tiveram dificuldade em crer na autenticidade da conversão de Saulo. Assim, Barnabé "tomou-o consigo, trouxe-o aos apóstolos, e lhes contou como no caminho ele vira ao SENHOR e lhe falara" (9.27). Agora, aceito pelos apóstolos em Jerusalém, pôs-se a pregar também nas sinagogas ali; assim escreveu Lucas: "Assim, pois, a Igreja teve paz" (9.31).
INÍCIO DA IGREJA GENTÍLICA
Primeira Igreja, fundada depois do dia de pentecoste, era composta somente de judeus. Havia gentios na Igreja, mas, só que eles entraram pela porta do judaísmo. Isso é, eram gentios convertido ao judaísmo. Enquanto Paulo se preparava para ser o apóstolo aos gentios, foi Pedro que DEUS designou para iniciar derribando a parede da separação entre judeus e gentios.
Alcançar os confins da terra, até então, era algo quase impossível; pois havia barreiras a serem removidas da mente deles, e somente o poder de DEUS para neutralizar suas antigas tradições e costumes.
A conversão de Cornélio - At 10
Cornélio foi o primeiro gentio a receber a mensagem do Evangelho de CRISTO, através do ministério apostólico de Pedro. Era um oficial do exército Romano, um "centurião" - comandante de cem homens, na milícia romana, da "Coorte" Italiana - era a décima parte duma legião composta de 600 homens. Morava em Cesaréia, que ficava na costa marítima da Palestina, a uns 80 km a noroeste da cidade de Jerusalém. Era a capital romana da Palestina, onde residia o governador romano. Em Cesaréia ficava o comando geral militar da província. A coorte da qual Cornélio era centurião, era segundo alguns historiadores, a guarda do próprio governador.
Lucas destaca cinco qualidades na vida de Cornélio, vejamos: Piedoso, temente a DEUS com toda a sua casa, dava esmolas, de contínuo orava a DEUS, tinha bom testemunho de toda a nação dos judeus (v.22). E foi num dos momentos de oração que um anjo, em visão, disse-lhe que suas orações, bem como seus atos de caridade, estavam registradas na memória de DEUS. Na ocasião ele foi instruído a enviar mensageiros a Jope, onde se encontrava o apóstolo Pedro. O qual teria a mensagem certa para a sua salvação a qual tanto desejava.
Pedro em Jope tem uma visão - (10.9-16)
Pedro estava em Jope, cidade portuária da Judéia. Ao meio-dia, os três homens enviados por Cornélio aproximavam-se de Jope. Enquanto isto, DEUS preparava igualmente a Pedro para aquele encontro histórico mediante uma visão. Pedro não entendia a visão. Somente pôde compreendê-la quando os mensageiros de Cornélio chegaram a casa onde ele estava hospedado.
Pedro não foi desobediente à orientação divina, foi a Cesaréia, onde Cornélio já aguardava com muita ansiedade a chegada de Pedro. Assim, Cornélio e sua família foram aceitos como membros da Igreja (vv. 44-48), sendo eles as primícias para DEUS no mundo gentio. Sem sombra de dúvidas, isso contribuiu para a fundação da Igreja em Antioquia.
O problema da circuncisão - (11.2-3)
Os judeus aceitavam os gentios, mas só àqueles que estivessem circuncidados {só os homens em Israel que eram circuncidados. Cortava o crepúsculo da criança ao oitavo dia após o nascimento. Este foi o pacto que DEUS fizera com Abraão}.
Os cristãos judeus ainda estavam presos ao antigo concerto, de forma que entendiam que a sua inclusão como membros do povo de DEUS e participantes de suas promessas, só tinha lugar através do ato da circuncisão. Ainda não estavam familiarizados com o princípio da fé, segundo o qual agora seu relacionamento com DEUS seria através de JESUS CRISTO unicamente.
Pedro teve sua defesa, tomando por base, a visão que teve em Jope, destacando as palavras que dos céus ouvira: "O que DEUS purificou, não chames imundo" (v.9), portanto, apaziguaram-se diante destas palavras, reconhecendo que chegara a hora dos gentios ingressarem na Igreja, e, não deveria haver mais distinção entre gentios e judeus (Ef 2.11-16).
A Igreja em Antioquia - (11.19-26)
Fundada pouco depois do apedrejamento de Estevão, pelos cristãos que foram dispersos pela perseguição que se seguia, era exclusivamente de cristãos judeus.
Alguns anos mais tarde, talvez em 42 d.C., certos cristãos de Chipre e de Cirene, tendo ouvido que Cornélio fora recebido na Igreja, chegaram a Antioquia e pregaram que os gentios não precisariam se tornar prosélitos judeus a fim de serem cristãos.
A Igreja em Jerusalém sabendo do caso, e convencida pelas provas que Pedro levara para mostrar que a conversão de Cornélio era obra de DEUS, deram a devida aprovação; enviaram a Barnabé para se tornar o dirigente da Igreja em Antioquia.
Barnabé foi para Tarso, uns 160 km ao nordeste de Antioquia, e procurou Saulo, trazendo-o para Antioquia. Isto aconteceu uns dez anos após a conversão de Saulo.
Antioquia - Terceira cidade do império Romano, Somente Roma e Alexandria a sobrepujavam. Uns 500 km ao norte de Jerusalém. Chamava Antioquia, a bela "rainha do oriente", embelezada com tudo quanto à riqueza romana, e a estética grega e o luxo oriental podiam produzir. Todavia, era uma das mais sórdidas e depravada cidade do mundo. O culto a Astarote pelas mulheres de Antioquia era tão indecente que Constantino o aboliu pela força. Multidões do seu povo entregaram-se a CRISTO; e foi lá que surgiu o nome de CRISTÃO, tornando-se a cidade o centro de um ESFORÇO PARA A CRISTIANIZAÇÃO DO MUNDO.
A Morte de Tiago - (12.1,2)
Tiago foi o primeiro dos doze a morrer, (44 d.C.). Este Tiago era irmão de João, e um dos três da roda íntima de JESUS.
Foi morto por Herodes, filho daquele que matou a João Batista. Com a morte de Tiago, outro Tiago, irmão de JESUS, assumiu a Igreja em Jerusalém.
De 6 d.C., a 41 d.C., a Judéia foi governada por procuradores enviados pelo imperador romano. Esses homens nunca foram populares. Pilatos, especialmente, havia irritado os líderes em Jerusalém de muitas maneiras. Ele inclusive apoderou-se do dinheiro do templo a fim de construir um arqueduto para Jerusalém.
A partir do ano 41 d.C., o imperador anexou a Judéia ao domínio do rei Herodes Agripa I, que é o rei Herodes deste capítulo. Este Herodes era neto de Herodes idumeu (era de Edom, por isso, era um edomita), conhecido por Herodes o Grande, sua esposa Mariana, princesa judia da família hasmoneana (macabeana). Sendo Herodes Agripa I amigo dos imperadores romanos.
Quando Herodes Agripa I se tornou rei da Judéia e de Jerusalém, fez todo o possível para conquistar a simpatia do povo judeu. Diferente da maioria dos outros Herodes, praticou fielmente as formas da religião judaica.
Evidentemente, ele também ouviu e viu bastante dos líderes judeus para estar a par dos seus temores e frustrações em relação aos apóstolos e à Igreja. Sem dúvida, ele foi informado como o sinédrio havia ameaçado os apóstolos e como estes ainda continuavam firmes na pregação do Evangelho do reino.
Logo no início do seu reinado em Jerusalém, decidiu, pois, tomar medidas que mostrassem que ele era rei e podia fazer mais do que ameaçar. Assim estendeu ele as mãos (prendeu) sobre alguns na Igreja para maltratá-los. Entre eles encontravam-se Tiago, irmão de João, filho de Zebedeu. Lucas não dá detalhes, mas o que parecem, é que, Tiago não teve oportunidade de se defender. Herodes simplesmente o mandou matar à espada.
A Prisão de Pedro - (12.3,4)
O assassino de Tiago agradou aos líderes judeus e seus amigos. Além do mais, a maior parte destes líderes se constituía de saduceus, que não aceitavam os ensinos dos apóstolos. Eles queriam silenciá-los.
Quando Herodes percebeu quão satisfeito eles ficaram, continuou e mandou prender a Pedro.
A Igreja em contínuo fazia oração a DEUS, em favor de Pedro. Na noite em que Herodes pretendia trazê-lo para julgamento, condenação e execução, Pedro dormia profundamente. Ele devia ter confiado o seu caso ao SENHOR; ainda que, esperasse a execução pela manhã, ele dormia tranqüilamente. Tão somente seria mais de CRISTO, caso morresse (Fp 1.21).
A situação de Pedro, dentro do natural, parecia sem esperança. Duas cadeias o acorrentavam a dois soldados que dormiam, um de cada lado; guardas em frente da porta, guardavam a prisão.
Um anjo liberta a Pedro - (12.7-19)
De repente um anjo veio e se colocou perto de Pedro. Uma luz resplandeceu perto da prisão. O anjo tocou-lhe para despertá-lo; imediatamente as cadeias caíram das mãos. Embora, ainda não compreendia o que estava acontecendo; tudo aquilo não parecia real. Só depois de atravessar dois portões com seus guardas, o grande portão de ferro que dava para a cidade, é que percebeu toda a realidade de tudo que acontecia. “O anjo apartou-se dele subitamente.. Tendo percebido que era o anjo do SENHOR que havia descido para libertá-lo, Pedro foi para a casa de Maria, a mãe de João Marcos. Ali, um considerável número de cristãos estava orando em favor de Pedro. DEUS sempre ouve a oração incessante e coletiva da Igreja.
A morte de Herodes - (12.20-24)
Herodes estava furioso com Tiro e Sidom, quase ao ponto de declarar-lhe guerra, embora a guerra não fosse permitida entre duas províncias romanas. Para tentar acalmá-lo, os líderes de Tiro e Sidom entraram em acordo e vieram ter com Herodes. Antes, porém, fizeram amizade com Blasto, camareiro do rei e um dos conselheiros oficiais de Herodes. Usaram a influência dele, pediram-lhe paz. Tinham uma boa razão: Tiro e Sidom ocupavam uma estreita faixa de terra entre as montanhas e o mar, e sua área aproveitável para agricultura era bastante pequena; por isso eles dependiam da Palestina para se suprirem de alimento.
Herodes dispôs-se a ouvi-los, e os líderes acompanhados, sem dúvida, por muitas pessoas de Tiro e Sidom, reuniram-se em Cesaréia num dia determinado. O anfiteatro aberto no estilo grego, junto ao mar mediterrâneo, era o palco deste encontro. Herodes apareceu no palco, vestido com seus trajes reais.
Depois de assentar-se num elevado trono, Herodes dirigia a palavra à multidão formada por pessoas de Tiro e Sidom. Numa resposta ao discurso de Herodes, gritavam: "É a voz de um deus, e não de um homem." Herodes, orgulhou-se com isso, não fez nenhuma objeção, esquecendo que só a DEUS pertence à glória. Foi ferido, por um anjo, e comido de vermes. O historiador Flávio Josefo, acrescenta que Herodes ainda viveu cinco dias, sofrendo dores torturantes no ventre. Isso aconteceu no ano 44 d.C.
Luiz Fontes
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