A Palavra de Deus

quarta-feira, 12 de agosto de 2009


Começaremos admitindo que a questão da existência de Deus está resolvida. Todos cremos que Deus existe, que Ele é um Ser personificado e inteligente e que Ele é o Criador do universo. Tal Deus, como era de se esperar, exige nossa atenção e é digno de nossa adoração. O próximo passo, agora, é conhecer que tipo de Deus Ele é.


O Nascimento da Religião


Nos últimos milhares de anos o Homem se tem perguntado sobre a natureza de Deus. Será Ele bondoso ou justo? Será que Ele é indiferente para conosco ou é extremamente interessado nos assuntos humanos? Essas perguntas são a causa direta de todas as religiões humanas. Religião é o questionamento do homem a respeito de Deus e sua explicação a respeito Dele. Por meio dessas explicações, vários homens chegaram a conceitos diferentes a respeito de Deus. Todos nós, vez ou outra, já pensamos nesse assunto. A idéia pode até mesmo ter ocorrido à nossa pequena mente quando ainda éramos uma criança de cinco anos. Todos os homens, educados ou ignorantes, já ficaram intrigados com essa questão. Ela surge naturalmente após um pouco de meditação e observações.


A Hipótese do Homem a Respeito de Deus



Uma pessoa tentar especular sobre Deus é o mesmo que uma formiga tentar entender um ser humano. É extremamente difícil para a criaturinha entender nossa vida, nossa natureza e nossa mente. Da mesma maneira, é-nos impossível tentar compreender Deus. Por essa razão, nos últimos milha­res de anos, todo tipo de pessoa, bem como teólogos e filósofos, têm pensado muito sobre Ele. Que será que Deus tem feito todo esse tempo? Ele tem estado indiferente ou tem tentado revelar-se a nós? Qual é a atitude de Deus? Você pensa que Ele diria: "Eu sou Deus e não tenho nada a ver com os seres humanos. Não me importo com o que pensam de Mim. Permanecerei no céu como Deus. Que os mortais permaneçam ignorantes!" Ou você pensa que Ele tem um desejo de revelar-se ao homem e de visitá-lo?

Quando estive na índia, vi algumas pessoas deitadas em camas de pregos. Alguns caminhavam, com os pés descalços, sobre brasas acesas. Essas pessoas canalizavam muita energia buscando Deus. Que Deus fez para elas? Será que Ele se escondeu e nem sequer as notou? Será que Ele se mantém como um mistério eterno?


Deus é Vida


Alguns anos atrás falei sobre um tema semelhante a alguns estudantes de medicina na Universidade de Tchilu. Eu disse que o homem é um organismo com uma vida. Deus também é uma vida. A vida humana é mais elevada que a dos animais, e a vida de Deus é ainda mais elevada que a do homem. Perguntei aos estudantes: "Observamos que todos os organis­mos vivos têm algumas leis em comum e expressam algumas peculiaridades comuns. Vocês poderiam citá-las?" Diversos estudantes começaram a apresentar vários pontos. No final, resumimos a discussão da seguinte maneira: todos os organis­mos vivos contêm duas características comuns. Você pode chamá-las de suas expressões comuns ou suas leis comuns. Primeiramente, toda vida deseja preservar-se. Ela tende a reproduzir-se. Há a capacidade de gerar posteridade para continuar sua própria vida. Em segundo lugar, toda vida quer ter comunhão com outras vidas. Ela não pode permanecer confinada em si mesma. Quando um homem não pode ter comunhão com outro ser humano, ele a busca nos cães e gatos e faz amizade com os animais. Todas as criaturas vivas desejam comunhão.

Baseadas nessas duas características de vida, a saber, a auto-preservação e a comunhão com outros, é que são instituídas as leis dos governos humanos. Por exemplo, a pena de morte é uma alteração no desejo do condenado de preservar sua própria vida, e a prisão, como punição mais branda, impede-o de ter qualquer comunhão com outras vidas. Essa inversão do princípio da vida torna-se uma puni­ção para ele.

Com essas duas características principais em mente, voltemo-nos agora para a vida de Deus. Deus é um organismo de uma espécie mais elevada que a dos seres humanos. Ele certamente também é governado por essa lei de vida. Assim, deduzimos que Ele deseja ter comunhão com o homem.


Conceito Natural versus Revelação


Há duas espécies de crenças: uma religião baseada em conceitos naturais e uma fé baseada em revelação. A religião natural começa com o homem como o centro. É ele que está buscando Deus e estudando a Seu respeito. A fé por revelação, por outro lado, vem diretamente de Deus. É Ele quem vem revelar coisas a nós. Os pensamen­tos do homem, freqüentemente, são fantasias inúteis. Apenas a revelação de Deus é digna de confiança. O cristianismo é diferente de todas as religiões naturais pelo fato de ser uma revelação.

Não tentarei persuadi-lo a crer no cristianismo ou a ler a Bíblia. Apenas farei algumas suposições aqui. Trataremos o assunto como se estivéssemos resolvendo um problema de geometria. Começaremos das premissas e, então, deduzire­mos nosso raciocínio passo a passo. Examinaremos nosso raciocínio e veremos se ele é correto e se nossas conclusões são lógicas. Como na matemática, em alguns problemas trabalharemos do começo para o fim e, em outros, de trás para a frente. De qualquer maneira, no final poderemos dizer se uma suposição está ou não correta.


Algumas Suposições


Temos de fazer algumas suposições. A primeira é que Deus existe. Isso, na verdade, já foi tratado por nós. Já concordamos que existe um Deus. Ele é um Ser que tem um propósito.

Em segundo lugar, vamos admitir que Deus tenha o desejo de revelar-se ao homem. De que maneira, então, Ele o faz? Como Ele pode dar-se a conhecer a nós? Se Deus nos falasse por meio do trovão ou escrevesse por meio de relâm­pagos, não seríamos capazes de compreender Sua mensa­gem. Como, então, Ele se faz conhecido a nós?

Se Ele quer revelar-se, Ele necessariamente deve fazê-lo por meios humanos. Quais são, então, os meios comuns de os homens comunicarem-se uns com os outros? Primeira­mente, eles o fazem pela fala e, em segundo lugar, pela escrita. Todos os meios de comunicação quer sejam o telégrafo, o telefone, sinais ou símbolos, estão todos incluí­dos nessas duas categorias. Se Deus quer manifestar-se, esses devem ser os únicos meios para fazê-lo. Por ora, deixaremos de lado o aspecto da fala; veremos como Deus se comunica conosco por meio da escrita.

Se Deus se revela pela escrita, de todos os livros escritos por diversas pessoas através dos séculos, deve haver um livro que seja divinamente inspirado. Esse é o teste mais decisivo. Se existir tal livro, ele provará não apenas a existência de Deus, mas também Sua revelação escrita para nós. Será que existe tal livro divinamente escrito?

Na busca por tal livro, mencionemos primeiramente al­guns princípios básicos. Suponha que eu deseje encomendar um livro de uma editora. Se puder dizer-lhes o nome e o autor do livro, não haverá problema para encontrá-lo. Se, entretan­to, eu me esqueci do nome do livro ou de seu autor, poderia descrever à editora as características da obra, como o conteú­do, formato, cor, encadernação etc. A editora, então, procu­raria entre todos os seus livros e localizaria o volume que eu quero. Ora, Deus tem um livro neste universo. Como o encontrar? Precisamos primeiramente conhecer todas as ca­racterísticas que ele deve ter, e, então, baseados nessas qualificações, poderemos selecioná-lo.


Quatro Qualificações


Deixe-me apresentar alguns teoremas. Se há um livro escrito por Deus, antes de tudo ele deve mencionar Deus. Deve dizer que seu autor é Deus. Essa é a primeira qualifica­ção. Em segundo lugar, esse livro deve ser de padrão moral mais elevado que o comumente conhecido. Se ele for algo forjado, poderá, quando muito, ser do mesmo nível que o homem. Em terceiro lugar, se tal livro divino existe, ele deve falar-nos do passado e do futuro deste mundo. Somente Deus conhece claramente o que ocorreu no passado e o que ocorrerá no futuro. Em quarto lugar, esse livro deve ser simples e disponível, de maneira que todos possam adquiri-lo e entendê-lo. Se houvesse apenas um único exemplar desse livro no mundo, então pouquíssimas pessoas seriam capazes de vê-lo. Nos Estados Unidos há um grupo de pessoas que reivindicam ter um livro de Deus. Ele está gravado em ouro e contém apenas doze páginas. Tal livro, então, não seria acessível aos chineses. Deus jamais nos escreveria um livro que não pudéssemos encontrar.

A questão agora torna-se mais simples. Vamos repetir uma vez mais essas quatro condições. 1) Se tal livro existe, ele tem de dizer-nos explicitamente que seu autor é Deus. 2) Ele deve conter um elevado padrão moral. 3) Ele deve conter uma descrição detalhada do passado e do futuro do universo. 4) Ele deve ser disponível. Dessa maneira, tomemos alguns dos escritos mais importantes da civilização humana e confiramos com essas quatro qualificações para ver se algum deles satisfaz nossas exigências.


Bons Livros


Começaremos pelos livros normalmente considerados bons. Tomemos os clássicos chineses de Conffúcio. Esses estão imedi­atamente desqualificados pela primeira exigência, pois nenhum deles diz ter sido escrito por Deus. Eles têm um elevado padrão moral, mas deixam de dar a origem e o destino do mundo. Isso não quer dizer que sejam livros imprestáveis, e, sim, que não contêm as qualificações que buscamos.

Vamos, então, para os clássicos de outras culturas. Há inúmeras obras famosas, mas nenhuma delas passa pelo primeiro teste. Todas elas são claramente escritas pelo homem. Elas podem ser obras-primas de filosofia e moral, mas não são divinamente inspiradas. Temos, então, de colocá-las de lado.

Há um livro na Índia chamado Reveda. Esse livro já dominou o budismo. Todavia, ele não reivindica ter sido escrito por Deus.

Outro livro chamado Zinveda, escrito por um persa chamado Gorosta, também é extremamente influente no Oriente Médio. Esse livro também não diz ter sido originado por Deus. Além do mais, seu padrão moral não é recomendável.

Vejamos o Alcorão dos muçulmanos. Esse é o mais próximo que podemos encontrar. Ele nos diz que vem de Deus, e, portanto, satisfaz a primeira exigência. Entretanto, ele não preenche o segundo requisito, pois seu padrão moral é muito baixo. O céu que ele descreve é cheio de concupiscência e carne. Deus jamais poderia escrever um livro com tal licenciosidade e imoralidade.


Um Único Livro


Depois de pesquisar todos os livros, você finalmente tem de chegar à Bíblia. Se Deus deseja comunicar-se com o homem, e se Ele quer fazê-lo por escrito, então esse é o único livro que pode passar nos quatro testes. Portanto, esse deve ser o livro que Deus tem para o homem. Que diz esse livro? Nos livros das leis, no Antigo Testamento, pelo menos umas quinhentas vezes ele diz: "Assim diz o Senhor". Outros livros do Antigo Testamento repetem essa frase umas setecentas vezes. Além disso, há no Novo Testamento mais de mil lugares onde essa frase é mencionada. Simplesmente olhando para esse fato, vemos que esse livro tem mais de duas mil reivindica­ções de origem divina. Se Deus não tem intenção de comunicar-se com o homem, podemos esquecer esse livro. Mas se Ele comunica-se com o homem por meio da escrita, então esse livro tem de ser de imenso valor. Poderá você outro livro que afirme tantas vezes que Deus é o seu autor?

Temos de ver se a Bíblia satisfaz a segunda qualificação. Vejamos seu padrão moral. Todos aqueles que estudaram esse livro confessam que ele tem o mais elevado padrão moral. Até mesmo os pecados das pessoas mais nobres são registrados sem misericórdia. Certa vez, um forte opositor da Bíblia ouviu a seguinte pergunta de seu filho: "Por que você tem de ser tão forte contra a Bíblia?" Ele respondeu: "Se eu não condená-la, ela me condenará”.Esse livro não nos deixa facilmente à vontade. O conceito humano é que todos os atos sexuais fora do casamento são considerados fornicação. A Bíblia, entre­tanto, diz que até mesmo um pensamento maligno é tido como fornicação. A moral humana condena como homicídio o ato de matar, mas a Bíblia condena como homicídio até mesmo o ódio no coração.

Se um homem deixa seu inimigo ir sem vingar-se, isso consideramos como perdão. Mas a Bíblia exorta o homem a amar seu inimigo. Quão elevado é seu padrão moral e quão baixos somos diante dele! Você não pode negar que ela apresenta o melhor código de ética para a humanidade.


Passado e Futuro


Além disso, esse livro descreve-nos detalhadamente o passado e o futuro do universo. Certa vez, um amigo disse-me que podia crer em tudo o que a Bíblia diz, exceto em Gênesis e Apocalipse onde a Bíblia fala da origem e do destino dos céus e da terra. Eu lhe disse que, se ela é de fato um livro de Deus, ela necessariamente deve conter certos assuntos. Se a Bíblia não tivesse Gênesis e Apocalipse, teríamos de procurar outro livro; ela não seria o livro que procuramos. Mas tudo isso está aqui. Portanto, a terceira exigência também está cumprida.

Qual é a circulação desse livro? No passado (1935) foram vendidas mais de duzentos milhões de cópias. Você poderia citar qualquer outro livro com uma circulação tão alta? Além do mais, a estatística não se limita apenas ao ano passado; ano após ano o número tem sido aproximadamente o mesmo. Por um lado, esse livro é muito popular, por outro, ele é como um espinho em sua mão; ele espeta você. Esse livro causa-lhe dores de cabeça. Ele provoca uma inquietação indizível no interior do homem. A Bíblia até faz com que o homem se oponha a ela. A despeito disso, sua venda anual ainda é superior a duzentos milhões de exemplares.

Além disso, esse livro está traduzido para mais de setecentas e vinte línguas. Em todos os países, entre todas as raças, há uma tradução desse livro inigualável. É extremamente fácil obter-se a Bíblia em qualquer parte do mundo. Se o Reveda é um livro de Deus, então pelo menos mais da metade do mundo pereceria por não conseguir obtê-lo. E mesmo que você colocasse o Reveda em minhas mãos, eu ainda seria incapaz de entendê-lo. Se somente os instruídos é que podem contatar Deus, então estou destinado a ir para o inferno. Se apenas os indus têm a oportunidade, nós, os chineses, assim como todas as demais raças, não temos nenhuma esperança. Se Deus fala por meio do Reveda, onde, então, podemos encontrar tal livro? Talvez apenas possamos encontrar o original no Museu de Londres. E mesmo ele poderá não conter o significado original da revelação de Deus para o homem.


Um Livro Completo



Isso não é tudo. A Bíblia contém sessenta e seis livros e é dividida em Antigo e Novo Testamento. Ela foi escrita por não menos de trinta pessoas. O período desde quando foi escrito o primeiro livro até que o último foi terminado é de mais de mil e seiscentos anos. Os locais onde tais livros foram escritos foram os mais diversos. Uns foram escritos em Babilônia, outros na Itália, alguns em algum ponto da Ásia Menor, outros na outra extremidade do Mediterrâneo. Além disso, os própri­os escritores diferem bastante em formação. Uns eram escribas, outros eram pescadores, havia príncipes e pastores. Todos esses escritos feitos por homens de formações, línguas, ambi­entes e épocas diversas, estão reunidos num único livro. E o impressionante é que esse ainda é um livro completo.

Todos os que já tiveram uma experiência editorial sabem que para se reunir alguns artigos escritos por autores diferen­tes, é necessário que esses autores tenham um nível compatí­vel de pontos de vista e de realizações acadêmicas. Mesmo quando o padrão acadêmico e os pontos de vista são pareci­dos, ainda haverá conflitos e contradições quando você reúne cinco ou seis artigos. Mas a Bíblia, embora complexa em seu conteúdo, contendo história, poesia, leis, profecias, biografias e doutrinas, e tendo sido escrita por tantas pessoas diferentes, em épocas diferentes e sob circunstâncias diferentes, quando você reúne tais escritos, eles compõem, surpreendentemente. um único volume. Não há conflitos nem contradições. Eles são escritos "de um fôlego".

A Mão de Deus

Se ler cuidadosamente a Bíblia, você terá de admitir que a mão de Deus está por trás de todos os escritos. Mais de trinta pessoas, com idéias e formações diversas, de épocas e lugares diferentes, escreveram esses sessenta e seis livros. Quando você os reúne, eles se encaixam de tal maneira, como se tivessem sido escritos por uma única pessoa. Gênesis foi escrito mil e quinhentos anos antes de Cristo e Apocalipse noventa e cinco anos depois de Cristo. Há um espaço de tempo de mil e seiscentos anos. Um fala do princípio, enquan­to o outro projeta-se para o fim do mundo. Todavia, tudo o que começa em Gênesis é concluído em Apocalipse. Essa característica surpreendente não pode ser explicada com palavras humanas. Cada palavra da Bíblia tem de ser escrita por Deus, por intermédio do homem. Deus é o motivador por trás de toda a composição.


Morrer pela Bíblia


Há outra característica marcante a respeito da Bíblia. É um livro que, em si mesmo, dá vida. Entretanto, um número incontável de pessoas morreu por causa dele. Houve uma época que, quem quer que tivesse esse livro em suas mãos, seria executado imediatamente. O império mais poderoso da história foi o Império Romano. Houve uma época na qual esse império reuniu todas as suas forças para destruir esse livro. Todo aquele que possuísse tal livro seria desumanamente perseguido e, mais tarde, executado ou queimado. Eles eliminaram milhares de pessoas e queimaram inúmeras cópias da Bíblia. Eles erigiram um monumento no lugar onde mataram os cristãos. Sobre esse monumento havia a seguinte inscrição: "O cristianismo foi enterrado aqui”.Eles pensavam que quando tivessem queima­do todas as Bíblias e eliminado todos os cristãos, poderiam ver o cristianismo jazendo sob os pés deles. Mas veja! Não muito depois daquilo, a Bíblia tomou a voltar. Até mesmo na Inglater­ra, que já aceitara o cristianismo como sua religião estatal, se visitar determinados lugares ali, você ainda poderá encontrar tumbas de mártires por amor a Cristo. Aqui e ali você pode encontrar lugares onde a Bíblia foi queimada. Ou pode passar por uma lápide que diz que tal pessoa esforçou-se ao máximo e escreveu tantos livros em sua vida na tentativa de opor-se à Bíblia. Em outro lugar você pode ver a estátua de um martírio.

Por que tantas pessoas esforçaram-se tanto para opor-se a esse livro? Por que será que os homens não se importaram com outros livros, mas se opuseram a esse, com cada fibra de seu ser, ou então entregaram toda sua vida por causa dele? Deve haver algo extraordinário aqui. Mesmo que não creia que essa é a Palavra de Deus, você tem de admitir que há algo incomum com esse livro.


Não lhe Deixará à Vontade


Esse livro parece ser muito simples e fácil. Se você considerá-lo do ponto de vista histórico, ele simplesmente conta a origem do universo, da terra, das plantas, dos seres humanos, de como eles estabeleceram seus reinos e, por fim, como eles terminarão. Isso é tudo. Não há nada de especial nisso. Entretanto, ele tem sido manuseado geração após geração, através dos séculos. Hoje, ele ainda está conosco. Além do mais, se você não confessar que ele é a verdade, você terá de concluir que ele é falso. Há muitos livros que você pode ignorar, mas não esse. Ele tampouco irá ignorá-lo. Ele não lhe deixará à vontade, mas exigirá uma decisão sua. Ele não ignorará você.


O Cumprimento da Profecia


Outra coisa marcante sobre esse livro é que quase a metade dele é profecia. Entre as profecias, quase a metade delas já se cumpriram. A outra metade diz respeito ao futuro e aguarda cumprimento. Por exemplo, ele predisse o destino das nações de Moabe e Amom, das cidades de Tiro e Sidom. Hoje, quando as pessoas falam de grandes cidades elas mencionam Londres e Xangai. Naquela época eram Tiro e Sidom. Elas eram as duas principais cidades do mundo antigo. As profecias sobre essas duas cidades foram todas cumpridas. Certa vez,estive no Oriente Médio e, devido a determinadas circunstâncias, não visitei esses dois lugares. Entretanto, comprei duas fotos dessas cidades. Fiquei perplexo quando vi as fotos. Não pude deixar de crer na Bíblia. Fora profetizado que se as duas metrópoles não se arrependessem, elas seriam destruídas e devastadas. Suas terras tornar-se-iam montanhas de pedras e de seixos, onde os pescadores viriam para secar suas redes. Naquelas fotos que comprei, não havia nada senão barcos de pesca e redes estendidas na praia. Esse é um pequeno fato que comprova a credibilidade da profecia bíblica.

A Bíblia também menciona um rei que um dia foi procurado por um profeta de Deus. Foi-lhe dito que ele seria levado cativo para Babilônia. Mais tarde, outro profeta disse-lhe que ele não veria Babilônia. Ele pensou que, já que não veria aquela terra, com certeza não seria levado cativo para lá. Assim, ele sentiu-se à vontade. Um dia, o rei de Babilônia, repentinamente, veio e cercou a cidade. O rei foi capturado e levado cativo para Babilônia. Mas antes que fosse levado, seus olhos foram vazados. Ele, de fato, foi levado para Babilônia sem ver aquela terra e as profecias foram rigorosamente cumpridas. Se você comparar todos os acontecimentos passados com as profecias na Bíblia, descobrirá que aqueles concordam com estas. Como outro exemplo, tome o nascimento de Cristo. Centenas de anos antes de Cristo vir, Isaías profetizou: "Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho". Mais tarde, Ele de fato nasceu da virgem Maria. A profecia foi rigorosamente cumprida. Assim como as profecias do passado foram cumpridas, as profecias referentes ao futuro também o serão.


Achado



Vimos que, se Deus deseja comunicar-se com o homem, Ele tem de fazê-lo por meio dos canais comuns de comunicação humana. Ele tem de utilizar-se da linguagem humana. Em outras palavras, tem de existir no mundo um livro que seja a revelação direta de Deus. Se tal livro existe, ele deve conter os quatro critérios que mencionamos.Agora podemos dizer que tal livro foi achado. Esse livro nos diz que Deus deseja ter comunhão conosco. Deus nos fala por meio desse livro. Por meio dele, Deus já não mais é um Ser desconhecido. Agora podemos conhece-­Lo. Esse livro é a Bíblia. Espero que todos vocês o leiam.


Watchman Nee

É permitido baixar, copiar, imprimir e distribuir este arquivo, desde que se explicite a autoria do mesmo e preserve o seu conteúdo.
“Todo-Poderoso , aquele que era , que é, e que há de vir.”
“Ora, vem, Senhor Jesus!”

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